Aplicativo da Samsung estimula memória de pacientes com mal de Alzheimer

14/04/2015

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“Nós vamos mudar a vida das pessoas”, disse Steve Jobs para o CEO da Pepsi, John Sculley, quando tentou convencê-lo a se juntar à Apple. Mas não só a Apple de Steve Jobs como diversas outras marcas  perceberam a importância de se voltarem para a melhoria na qualidade de vida das pessoas. E a Samsung é uma delas.

Após lançar o aplicativo Look At Me, que ajuda crianças autistas a fazerem contato visual, a Samsung anunciou seu novo aplicativo “Backup Memory” – desenvolvido em parceria com a Tunisian Alzheimer Association – voltado para auxiliar pessoas que sofrem com mal de Alzheimer a se tornarem mais  independentes, facilitando suas vidas e daqueles à sua volta.

Para apresentar o “Backup Memory”, o vídeo acima  mostra a história de uma filha que tem o desafio  diário de ajudar seu pai, portador da doença, a lembrar de suas memórias mais importantes através do aplicativo.  “Pesquisas recentes tem provado que estímulos constantes da memória pode retardar a perda de memória”, afirma uma especialista durante o filme

O aplicativo funciona como um álbum de fotos e informações para estimular a memória e ajudar o paciente a reconhecer as pessoas que fazem parte da sua vida. Para isso, cada membro da família deve criar um perfil contendo informações importantes sobre eles e fazer upload de fotos de boas recordações com o paciente. Assim, toda vez que o familiar se aproximar o paciente, também cadastrado no aplicativo, receberá um alerta em seu celular para avisar que a pessoa está se aproximando, ajudando-o a associar cada um com as imagens e informações.  “Essa é uma terapia não medicinal que expões continuamente o paciente ao seu passado e desenvolve bastante a memória do paciente”.

O projeto, voltado para pacientes em estágio inicial da doença,  está em fase de desenvolvimento e sendo testado por desenvolvedores de software,  pacientes e geriatras e será lançado para o sistema operacional Android.

O Mal de Alzheimer

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, existem mais de 47 milhões de pessoas no mundo que sofrem de algum tipo de demência, sendo o mal de Alzheimer responsável por 60-70% dos casos. Dessa forma, o mal de Alzheimer atinge hoje cerca de 30 milhões de pessoas no mundo, podendo afetar mais de 160 milhões até 2050.

Segundo o Dr. Dráuzio Varella, na medicina o termo “demência” é usada com o significado de declínio em múltiplos domínios das funções cognitivas e não cognitivas. No caso do Alzheimer, a doença normalmente começa com dificuldade de memorização e desinteresse pelos acontecimentos diários. “Inicialmente é comprometida a memória de trabalho, memória de curta duração que nos permite exercer a rotina diária. Os pacientes esquecem onde deixaram as chaves do carro, a carteira, o talão de cheques, o nome de um conhecido. Com o tempo, a pessoa larga as tarefas pela metade, esquece o que foi fazer no quarto, deixa o fogão aceso, abre o chuveiro e sai do banheiro, perde-se no caminho de volta para casa”, explica em seu site.