Bloco da Mulher Madura alerta sobre Aids

17/02/2009

O Ministério da Saúde e a Secretaria Especial de Política para as Mulheres lançaram na sexta-feira passada (13) a campanha de prevenção à aids do Carnaval 2009. Com o slogan Sexo não tem idade para acabar. Proteção também não, a ação deste ano é voltada para a prevenção da doença em mulheres acima dos 50 anos. Dados parciais de pesquisa de comportamento realizada pelo Ministério da Saúde, em 2008, apontam que 72% das brasileiras nessa faixa etária não usam camisinha com parceiros casuais. A infecção pelo HIV triplicou nos últimos 10 anos nessa população. Entre mulheres acima de 50 anos a taxa de incidência da aids mais que triplicou em dez anos. Em 1996 havia de 3,7 casos por 100 mil habitantes. Mas em 2006, o índice já era 11,6. A pesquisa de comportamento do Ministério da Saúde revela que mais da metade das mulheres nessa faixa etária (55,3%) é sexualmente ativa. O problema é na hora de se prevenir. Enquanto o uso regular de camisinha nas relações casuais no grupo de 15 a 49 anos (homens e mulheres) fica em 47,5%; esse índice é de apenas 34,8%, quando ultrapassado os 50 anos. No recorte por sexo, mostra-se que o público feminino está em situação mais vulnerável. Só 28% dessa população adota a prevenção. Entre os homens, o número sobe para 36,9% – eles foram alvo da campanha de 2008, no Dia Mundial de Prevenção à Aids. O mote da campanha, que terá peças para TV e rádio, além de materiais impressos mobiliário urbano, é o Bloco da Mulher Madura. Formado apenas por mulheres acima dos 50 anos, o grupo valoriza o sexo seguro. Homem sem camisinha a gente não atura, nem para uma aventura, diz uma das personagens do filme. O tema do carnaval deste ano segue o tom da campanha do Dia Mundial de Luta contra a Aids 2008, lançada no 1º de dezembro, que teve como foco os homens com mais de 50 anos (confira aqui). Entre eles, o uso de camisinha também é baixo. Na pesquisa realizada em 2008, 63% afirmam não ter o costume de utilizar camisinha nas relações eventuais. O Ministério da Saúde não informou a agência responsável pela criação da peça.