Bullying e morte

22/05/2017

O mundo virtual ganhou extrema relevância, inclusive para as crianças. Nesta campanha da ONG Save The Children da Guatemala, criada pela agência El Taier DDB, elas parecem em uma situação terrível, “afogadas” por vários smartphones e tablets. A mensagem é simples: não compartilhe o ódio.

Dezenas de crianças e adolescentes são alvo de piadas e boatos maldosos na internet, além de serem excluídos pelos colegas. Tanto na Guatemala como no Brasil. Por aqui, os dados são assustadores. Um em cada dez estudantes no Brasil é vítima frequente de bullying, de acordo com o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). Dados do relatório mostram que 17,5% dos alunos brasileiros, na faixa dos 15 anos, sofreram algum tipo de bullying “pelo menos algumas vezes no mês”.

Desde o ano passado, está em vigor a lei que obriga escolas e clubes a adotarem medidas de prevenção e combate o bullying por meio da capacitação de professores e equipes pedagógicas. A norma também estabelece que sejam oferecida assistência psicológica, social e jurídica às vítimas e aos agressores.

Depressão

Estudos mostram que casos de ansiedade e depressão podem estar relacionados ao bullying. Situações de abuso moral e perseguições que vão massacrando a autoestima. Isso favorece o aparecimento de quadros de ansiedade e principalmente de depressão. Há estudos nacionais e internacionais mostrando que pessoas vítimas de bullying são mais suscetíveis a desenvolver quadros depressivos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para o aumento de casos de depressão e destacam a necessidade de debater o assunto e de lidar com a influência do bullying sobre a depressão e da depressão sobre o suicídio.

O número de pessoas que vivem com depressão, segundo a OMS, cresceu 18% entre 2005 e 2015. A estimativa é de que, atualmente, mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades sofram com a doença no mundo. “No pior dos casos, a depressão pode levar ao suicídio, segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos”, destaca a OMS.

De acordo com a OMS, o suicídio é atualmente um problema de saúde pública, sendo uma das três principais causas de morte, entre pessoas de 15 a 44 anos, e a segunda entre as de 10 a 24 anos. A cada ano, aproximadamente 1 milhão de pessoas tira a própria vida, o que representa uma morte a cada 40 segundos. O Brasil tem cerca de 10 mil registros anuais.

Com informações da EBC.