A discriminação invisível

31/07/2014

A ONG australiana Beyond Blue lançou uma nova campanha alertando para o racismo ainda que velado, que pode levar à depressão e crises de ansiedade. No filme da campanha “Invisible Discriminator  são apresentadas diversas situações do cotidiano e  um ator vestido de preto dá vida ao preconceito, uma expressão da voz interior. A maior parte das vezes, as atitudes preconceituosas são direcionadas à questões raciais – embora sejam os habitantes originários da Austrália, os aborígenes sofreram muito com o processo de colonização (da mesma forma que os indígenas nas Américas). Estima-se que existam   500 mil remanescentes indígenas, cerca de 2% da população total do país. Até 1967, os aborígenes não tinham direito a voto, não podiam ter uma propriedade, receber dinheiro ou mesmo trabalhar formalmente (fonte: Revista Forum).

No filme, em uma das cenas,  um rapaz está sentado em um shopping quando outro,  da etnia aborígene, se aproxima. O personagem sinistro instiga:  “você não vai ficar sentado aí, né?”. Em outra cena, numa loja de conveniência, o ator fala para o dono da loja: “o que você acha que ela está tramando?”.  No ônibus lotado, o idoso retira a bolsa para que a moça sente ao seu lado  mas o personagem de negro recomenda que ela nem faça contato visual.  A ONG alerta que as todos  devem parar, pensar e respeitar todas as pessoas. Embora seja direcionada ao preconceito em geral, a  campanha parece ter focado na discriminação contra os aborígenes australianos e habitantes das Ilhas do Estreito de Torres. A criação da campanha foi da agência Marmalade de Melbourne.