A gigante Procter & Gamble e seus produtos já fez campanhas sobre mulheres, machismo, meio ambiente, pobreza e identidade de gênero. Agora mostra novamente que é uma marca que quer se vincular a causas que são importantes para as pessoas. Numa campanha corajosa, fala sobre autoestima e racismo, num diálogo comum entre mães negras e suas filhas. Os diálogos se passam em épocas diferentes mas, de forma desconcertante, são igualmente válidos para os tempos atuais.
Com um início forte, o filme começa com uma mãe arrumando a filha de frente para o espelho. Por um segundo ela para, ouve algo que lhe desagrada e pergunta: “Quem disse isso?” (sobre a aparência dela). A menina sem entender direito o que era racismo responde calmamente que foi a “senhora na loja”.
Em uma outra cena, a mãe pede para filha que tenha cuidado ao sair à noite com o carro. A filha explica que sabe dirigir bem. Mas não é bem do trânsito que a mãe teme. O maior medo é que ela não volte para casa. Essa parte do diálogo lembra muito uma campanha que você viu aqui no blog, a Talk about The Talk sobre como os jovens negros são as maiores vítimas de violência nos EUA.
A campanha faz parte do projeto “My Black is Beautiful” criado em 2006 por um grupo de mulheres negras da própria P&G, com a missão de atuar como catalisador de mudanças na definição do que é ser uma mulher negra nos Estados Unidos. A criação é da BDDO de Nova York. No site há mais conteúdo e material informativo sobre racismo.
