27/07/2016

Saúde

O desafio do balde de gelo não foi só uma brincadeira.

Desafio do balde ajudou

27/07/2016

Em 2014, a campanha #icebucketchallenge tomou conta da internet (falamos dela aqui). Milhares de celebridades e não-famosos, do mundo todo, participaram da iniciativa da ALS Association. Muito premiada (oito Leões em Cannes em 2015, confira), a campanha foi também criticada. Pouco dinheiro teria sido arrecadado e que a maioria queria apenas aparecer nas redes sociais. Não foi bem isso o que aconteceu.

Os mais de 200 milhões de dólares que foram doados nos últimos dois anos financiaram seis linhas de pesquisa. Hoje (26/7) foi divulgado que o resultado de uma delas é animador para o tratamento da doença de Lou Gehrig ou esclerose lateral amiotrófica (ALS, em inglês). Os cientistas descobriram um novo gene associado à doença, o NEK1.

A pesquisa do Project MinE, foi publicada na revista Nature Genetics. É o maior estudo já feito sobre a doença e envolveu 80 pesquisadores em 11 países.  A identificação do gene Nek1 significa que os cientistas agora podem desenvolver uma terapia genética para tratar a ALS.

Apesar de apenas 10% de pacientes terem a forma hereditária, os investigadores acreditam que a genética contribui para uma porcentagem muito maior de casos.

Saiba mais

Em 2014, mais de 17 milhões de pessoas gravaram vídeos derramando água com gelo na cabeça, assistidos por 440 milhões de pessoas em todo o mundo. E popularizaram a ALS. A esclerose lateral amiotrófica é uma doença fatal, progressiva, que afeta o cérebro e a medula espinhal. O cientista Stephen Hawking é o paciente mais famoso.

O que é a doença:

  • Ataca a parte do sistema nervoso que controla os movimentos, os músculos se recusam a trabalhar (nervos sensoriais normalmente não são afetados).
  • Pode deixar as pessoas trancadas em um corpo falhando, incapaz de se mover, falar e, eventualmente, respirar.
  • Afeta pessoas de todas as etnias.
  • 1/3 dos pacientes morre dentro de um ano após o diagnóstico e mais da metade em dois anos.
  • Não há cura ainda.