29/03/2016

Empatia

Nova geração de games fazem jogadores se sentir na pele de outras pessoas.

Empatia vira tema de games

29/03/2016

Desafio da empatia nos games

dragongame
Colocar-se no lugar do outro durante um momento difícil pode ser muito desafiador. Por isso o ambiente dos games se tornou o ideal para praticar a empatia. Ao invés de matador de zumbis ou soldado numa guerra intergalática lutando contra inimigos ferozes, os jogadores podem se tornar pessoas transgêneras enfrentando a intolerância, ou uma mãe sentindo a perda do filho para o câncer, ou alguém enfrentando a fome na Síria. Uma característica desse tipo de game é que ele não foi feito para ninguém vencer. Entender a narrativa e sentir-se na pele do outro é o mais importante.

 

O vídeo acima  é o trailer do game That Dragon, Cancer, lançado em janeiro. E narra a história real do menino Joel, que perdeu a luta contra o câncer. Durante o jogo, o usuário experimenta várias sensações que vão desde a alegria durante a brincadeira de Joel com o irmão até a angústia dos pais. Já em Dys4ia, o jogador vive as dificuldades de ser uma pessoa transgênero.

transgendergame

Outro game que também coloca o jogador em uma situação real é o Coming Out Simulator, que até ganhou uma versão brasileira chamada Saindo do Armário. Como nos outros, aqui a estratégia é o storytelling. O jogo começa com o próprio desenvolvedor, Nicky Case, travando um diálogo com o jogador e contando como resolveu assumir sua homossexualidade. No Coming Out Simulator, vale mais a escolha das palavras para que o jogo siga adiante.

Os jogos empáticos surgiram em 2013 com o Depression Quest, para desktop que ilustrava como a depressão sufoca e incapacita as pessoas que sofrem com isso.  Classificado por sua criadora, Nonny de la Peña, como uma imersão jornalística, o Project Syria, lançado no Fórum Mundial Econômico de 2014, em Davos (Suíça), insere o usuário como uma criança, na cidade de Aleppo, no meio do conflito da Síria. De lá, segue para a experiência de viver em um campo de refugiados. Segundo ela, a realidade virtual permite que as pessoas se tornem uma testemunha ocular de uma matéria jornalística ou um documentário. Leia mais sobre isso aqui.

Com informações Link, Vice e blog Purpurinado.