31/10/2016

Aids

Ter HIV não significa abandonar os sonhos.

Nós somos sobreviventes

31/10/2016

“Eu recebi um pacote com três balas e uma mensagem: estamos observando você. Meu nome é Tatelicious Karigambe. Tenho 25 anos e sou do Zimbabwe. Eu cresci desconectada do gênero que me foi dada. No começo achei que era gay. Mas homens gays ainda querem ser homens. Eu não. Foi quando aprendi sobre ser transgênero.” O depoimento emocionante dessa ativista pelos direitos LGBT faz parte da campanha We Are Survivors criada pela agência sueca We are Survivors para as ONGs RFSL Dalarna e HIV Sweden.

Tatelicious, que foi estuprada aos 12 anos pelo tio e contraiu aids, conta que a decisão de ajudar outras pessoas lhe custou a liberdade em seu país – o sexo entre dois homens é considerado crime com penas de até 10 anos. Quando saiu da prisão, sua casa havia sido queimada e sua mãe foi espancada com tamanha brutalidade que mal conseguia andar. Por isso, deixou o Zimbabwe e foi morar na Suécia.

Ophelia, personagem do segundo filme, nasceu no Zâmbia. Quando estava com 17 semanas de gravidez, descobriu nos testes de pré-natal que tinha HIV.  Inicialmente achou que ia morrer sem poder ver os filhos crescerem mas hoje já faz planos para mais 40 anos no futuro. E é justamente essa a mensagem da campanha: ser portador do vírus HIV não significa ter que abandonar os sonhos ou que não terá mais uma vida produtiva pela frente. Especialmente se a doença for detectada precocemente.

Na Suécia, ao contrário de muitos países, ninguém é deportado por ser portador do vírus HIV ou pela orientação sexual. O teste para Aids pode ser feito de forma anônima e o tratamento é gratuito. Pelo hotsite da campanha é possível agendar um exame para descobrir se tem o vírus.

A Aids na Suécia

Cerca de 7 mil pessoas vivem com o HIV na Suécia. Anualmente, são diagnosticados 500 pessoas com o vírus. Os testes, consultas médicas e medicamentos são gratuitos.