#PartiuTeste

16/06/2015

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Criada pelo Ministério da Saúde, no Dia Mundial da Luta contra a AIDS, em dezembro de 2014, a campanha #PartiuTeste – que contou com uma versão especial para o carnaval – ganhou mais uma edição em junho.

Segundo o Boletim Epidemiológico de HIV e Aids 2014,  150 mil portadores do HIV no Brasil não estão cientes de que são portadoras do vírus. Diante disso, para ir além das campanhas que focam na prevenção da doença, a campanha #PartiuTeste tem o objetivo também de incentivar o teste e divulgar o tratamento dela. “Camisinha + teste + medicamento”: use o preservativo, faça o exame para descobrir seu status sorológico, e, se o resultado vier positivo, comece o tratamento imediatamente”, é o lema da campanha.

Voltada para a Parada Gay de São Paulo – que ocorreu no dia 7 de junho – e para e as festas juninas, a nova edição da campanha  vem promovendo diversas ações diferenciadas  para cada contexto. Na Parada Gay, o Ministério da Saúde disponibilizou nas ruas  um caminhão interativo envelopado por peças exclusivas da campanha onde os participantes do evento podiam subir para tirar fotos para serem compartilhadas nas redes sociais. Enquanto isso, mais de 87 mil camisinhas eram distribuídas por toda a Parada. Já as festas juninas, ganharam peças com o tema da festa, merchandising em programas de televisão, um filme de 30 segundos e uma blitz para divulgar a campanha nas rádios em spots de 30 segundos.

A Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira (PCAP), realizada em 2013 e divulgada pelo Ministério, aponta que 93% dos habitantes da região sudeste sabem que a camisinha ainda é a melhor forma de evitar a Aids, mas, apenas 54% delas afirmam que não usaram o preservativo em relações sexuais nos últimos 12 meses.

Se diagnosticado precocemente, a chance de uma futura transmissão do vírus  pode ser reduzida. “A estratégia se materializa em três dimensões bem claras, a primeira o uso do preservativo, em segundo lugar conclamar a população para fazer regularmente o teste para a identificação do HIV, para que compareçam ao posto de saúde mais próximo de casa. Em terceiro lugar e também muito importante é, se o teste deu positivo, iniciar imediatamente o tratamento gratuito para poder diminuir a carga viral, porque também é muito importante na interrupção da transmissão do vírus para outras pessoas“, explica o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Diante da importância do teste para a prevenção de futuros novos casos, a campanha explica que ele é oferecido gratuitamente e forma sigilosa e rápida pelo SUS .  Basta procurar um Centro de Testagem Anônima e informar-se pelo Disque-Saúde: 0800-61-1997.

Para atingir a meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde e pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), conhecida como 90-90-90, o Ministério da Saúde afirma que até 2020 pretende testar 90% da população do país, tratar 90% dos que apresentarem resultado positivo e assim, conseguir que 90% dessas pessoas apresentem carga viral indetectável. A meta foi assumida também pelos outros países membros do BRICS (Rússia, China, índia e África do Sul). A meta mundial prevê novas infecções limitadas a 500 mil ao ano e zero discriminação.