Peitão “invade” Londres

28/03/2017

No último domingo (26/3) foi comemorado o Dia das Mães no Reino Unido. E a agência Mother London resolveu celebrar de um jeito diferente (e polêmico): instalou um peito inflável gigante no topo de um edifício em Londres para protestar contra o constrangimento pelo qual muitas mães passam no Reino Unido ao amamentar em público. A iniciativa faz parte da campanha #FreeTheFeed.

Cartazes espalhados nas proximidades do “peitão, informavam que é um absurdo as mulheres ainda sofrerem algum tipo de recriminação só por amamentarem seus filhos em público.

Segundo a OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em torno de seis milhões de crianças estão sendo salvas a cada ano devido ao aumento das taxas de aleitamento exclusivo. A amamentação pode evitar 13% das mortes em crianças menores de cinco anos. E está comprovado que reduz o risco da obesidade infantil.

 

No Brasil

Amamentar em público é um direito garantido por lei em quatro estados do Brasil: Santa Catarina; São Paulo; Rio de Janeiro; Mato Grosso e Minas Gerais. Para os especialistas, essa garantia é fundamental para que as mães consigam amamentar pelo menos até os seis meses, conforme a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

As novas legislações específicas sobre o tema surgiram depois que o movimento “Mamaço”, criado há quatro anos, estimulou mulheres de todo o país a sair em defesa do direito das crianças puderem ser alimentaras no peito em qualquer local, seja público ou privado.

Um estudo divulgado em 2015 apontou que 47,5% das brasileiras sofreram preconceito por amamentar em público, colocando o Brasil no topo entre os países que mais censuram a mulher durante esse momento – a média global é de apenas 18,1%.

Alerta da ONU

Os países membros da OMS se comprometeram a aumentar a taxa de aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida em 50% antes de 2025 como parte de um conjunto de metas globais de nutrição.