Um dos maiores desafios para a doação de órgãos é convencer a família do doador. Num momento de dor, algumas pessoas preferem dizer não ou nem sabem qual era a vontade do ente querido. O Brasil, que tem o maior índice da América Latina, a taxa de aceitação das famílias é de 58%. A ação criada pela Leo Burnett para a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) e o Shopping Villa-Lobos aproveita o clima de Natal e de reunião das famílias para ajudar os doadores a mostrarem sua vontade. Quem quiser aderir, tem tags e cinco tipos de papéis especiais para embrulhar os presentes comprados no Shopping. De graça.
Também dá para participar pela internet: tem capas para Facebook e artes das tags para imprimir no site da campanha. Segundo a ABTO, existem 32 mil pessoas na fila de espera por um transplante no Brasil. O Sistema Único de Saúde (SUS) realiza 95% dos transplantes. De acordo com os dados oficiais do Ministério da Saúde, de janeiro a junho deste ano, 4.672 potenciais doadores foram notificados, resultando em 1.338 doadores efetivos de órgãos. O doador potencial é aquele paciente notificado com morte cerebral. Para ele se tornar um doador efetivo, os órgãos passam por uma triagem com o objetivo de analisar a aptidão da doação de órgãos do paciente. Além disso, a legislação prevê que a família é quem decide se vai querer ou não doar os órgãos do familiar.
As doações feitas neste ano possibilitaram a realização de 12,2 mil transplantes, fazendo com que crescessem os procedimentos de órgãos mais complexos como pulmão, coração e medula óssea. Nos últimos dez anos, o número de transplantes realizados no Brasil cresceu 63,8%, passando de 14.175 procedimentos em 2004, para 23.226 em 2014. No caso dos doadores efetivos, o Brasil atingiu o percentual de 14,2 doadores por milhão de população, a maior quantidade de doadores efetivos já registrados em apenas um ano. Em 2014, foram notificados 9.378 potenciais doadores em todo o país, que resultaram em 2.710 doadores efetivos de órgãos. (Fonte: Agência Brasil)
