Sem medo, com esporte

17/07/2018

Via Propmark e El País

O filme estrou no último domingo (15), no intervalo do Fantástico. A campanha nasceu de uma pesquisa com mães e pais. O estudo constatou que uma grande dificuldade deles é dar autonomia aos filhos. Há um receio de deixar os pequenos praticarem esportes por não estarem por perto e pelos riscos associados. Por isso, a campanha inicia o movimento #deixajogar para sensibilizar pais a não deixarem seus temores pararem os pequenos.

“Essa campanha é uma evolução da mensagem, de incentivo à prática esportiva, que Nescau vem passando em suas últimas comunicações, como ‘Meninas Fortes’, que ganhou o primeiro Leão de Glass do Brasil em Cannes, no ano passado. Sabemos do sentimento dos pais quando os filhos não estão por perto, da necessidade que eles têm de proteger, e queremos que se sintam apoiados sempre que um novo desafio surgir”, diz Márcio Fritzen, diretor de criação executivo da Ogilvy Brasil.

O correto desenvolvimento infantil exige movimento desde o nascimento, e a forma mais fácil e interessante de se movimentar é brincando, se possível ao ar livre. O sistema nervoso serve para a locomoção, e as demais milhares de páginas de um manual de neurociência estão subordinadas a esse fato natural tão relevante. Trata-se de algo extraordinário, tão belo como complexo. A função primordial de um ser vivo é se reproduzir, e para isso ele precisa se aproximar de certos estímulos, como um possível parceiro sexual, e se afastar de outros, como os predadores.

Os subsistemas sensoriais e emocionais estão a serviço do subsistema motor, que por sua vez está relacionado com uma conduta de aproximação ou afastamento. Podemos comprovar isso na vida cotidiana. Se pisamos em algo cortante na piscina, levantamos o pé instintivamente. Se alguém ou algo nos atrai, nos aproximamos pouco a pouco. Do mesmo modo, nos afastamos se não gostamos de uma situação ou detectamos um perigo. Tudo é movimento, portanto. E o nosso cérebro dedica muitos neurônios à realização dessa função.

A brincadeira deve ser a principal atividade de uma criança. É o que seu cérebro espera: brincadeiras e mais brincadeiras, sobretudo relacionadas com a atividade física, e preferivelmente ao ar livre. Pode-se brincar sozinho – e o cérebro também precisa aprender a se entediar – e, sobretudo, em companhia. Quanto mais heterogêneas forem as idades das crianças que brincam, melhor será para o desenvolvimento das relações pessoais e para a modulação da agressividade e da empatia.