Uma história de terror

10/02/2017

A escuridão de uma caverna pode aguçar a imaginação e despertar o medo do desconhecido. Monstros e espectros parecem se esconder nos cantos escuros. Mas será que é mesmo dessas criaturas míticas que deveríamos ter medo? Três aventureiros estão explorando uma caverna gigante. O que eles encontram não é um monstro, mas algo ainda mais aterrorizante: um depósito de material radioativo vazando direto na fonte de água que brota dentro da montanha. O pior é que esse terror é mais comum que você imagina. A campanha da WWF da Alemanha pede que as pessoas se informem e passem a falar sobre isso, antes que seja tarde demais.

Mas não fique achando que são apenas desastres de grandes proporções em usinas nucleares como Fukushima (Japão) ou Chernobyl (Chechênia). Pesquisadores de todo o mundo alertam sobre o perigo dos depósitos de produtos radioativos e produtos químicos, que estão causando doenças e desastres ambientais (vocês ainda lembram de Mariana, certo?). De acordo com a WWF, em 1929 o mundo estava produzindo 1 milhão de toneladas de produtos químicos e farmacêuticos por ano. Hoje esse número subiu para mias de 400 milhões de toneladas. Nos próximos dez anos, produziremos coletivamente 4 bilhões de toneladas de produtos químicos que, de uma forma ou de outra, acabarão por ser poluentes tóxicos no meio ambiente.

Os resíduos radioativos podem vir da indústria médica, por exemplo. O descarte inadequado pode causar acidentes graves. No Brasil, há 30 anos, um dono de ferro velho de Goiânia (GO) encontrou um equipamento com césio 137 em uma clínica abandonada. Achou linda uma pedra brilhante que estava dentro dele e levou para casa, causando centenas de mortes pela contaminação (relembre aqui). No âmbito radioativo, o Césio 137 só não foi maior que o acidente na usina nuclear de Chernobyl, em 1986, na Ucrânia, e o de Fukushima (Japão), segundo a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen).