28/03/2016

Tolerância

Uma lição de amor ao próximo

Amor ao próximo

28/03/2016

Dois dias depois do atentado de Bruxelas que matou 35 pessoas e deixou 340 feridos, o Papa Francisco falou de tolerância e respeito a todas as religiões na cerimônia do Lava-pés. O gesto é simbólico e faz parte dos rituais da religião católica. Mas de extrema importância política num momento de convulsão social na Europa, dividida entre a onda migratória de refugiados (muitos de países muçulmanos como a Síria) e os ataques terroristas reivindicado pelo Estado Islâmico (ISIS). Das 12 pessoas que tiveram pés lavados e beijados, 11 eram refugiados de diversas religiões, inclusive muçulmanos. Os refugiados vieram do Mali, Nigéria, Eritreia, Índia, Síria e Paquistão.

“Todos nós – muçulmanos, hindus, católicos, coptas, evangélicos – irmãos, filhos do mesmo Deus, queremos viver em paz, juntos”, comentou em um abrigo para refugiados ao norte de Roma, onde eles aguardam asilo político. O Papa culpou os fabricantes e vendedores de armas pelos os atos de violência. “Há três dias, houve um gesto de guerra, de destruição, em uma cidade da Europa, feito por pessoas que não querem viver em paz”, afirmou. “Por trás disso, há fabricantes de armas, traficantes de armas, que querem sangue, não paz, que querem guerra, não fraternidade.”

Antes do Papa Francisco, a cerimônia  do Lava-pés só podia ser frequentada por homens católicos, normalmente sacerdotes. Ao assumir o cargo em 2013, ele levou para o Vaticano a tradição que começou como arcebispo em Buenos Aires de permitir que mulheres e não-católicos. Os conservadores criticaram essa mudança.

Este vídeo  tem a cerimônia na íntegra. Com informações do G1 e Rádio Vaticano.