É perigoso não saber

08/01/2016

Não é raro encontramos campanhas que se baseiam no medo  pessoas para alertar sobre a importância do teste de HIV. Em sua nova campanha, o Departamento de Serviços de Saúde do Arizona tentou mudar essa forma de abordagem para informar sobre sobre o o tema.

Em parceria com a agência de marketing Moses Inc., ele criou uma série de anúncios de serviço público utilizando imagens que mostram pessoas realizando atividades cotidianas e se deparando com obstáculos até então despercebidos. Levando o conceito de que, assim como qualquer outro obstáculo – como dar de cara com um poste no meio da rua ou cair em um buraco – o HIV só se torna um risco se a sua existência for ignorada, a campanha traz o slogan: “Só é perigoso se você não sabe que ele está lá”.

A abordagem mais otimista é uma forma de diminuir ainda mais o velho estigma de “sentença de morte” que a doença leva, já que hoje existe uma maior variedade de tratamentos eficazes e é possível viver uma vida normal mesmo com a infecção. O dono da agência Moses, Louie Moses, explica o motivo da mudança de abordagem, que agora é voltada para o emponderamento dos portadores do HIV: “As campanhas que fazíamos no passado eram baseadas no medo e no choque, que acabavam assustando as pessoas e não mudavam significativamente seus comportamentos. Naquela época acreditávamos que esse era o caminho certo a seguir, e isso pode realmente ter envergonhado e inibido algumas pessoas já que criavam um estigma negativo para os portadores do vírus”.

A campanha multiplataforma vem sendo veiculada desde o dia 20 de dezembro e inclui peças em outdoors, busdoors, placas em banheiros públicos, além de ações digitais que direcionam os usuários para o site HIVAZ.org. Nele, podem ser encontradas informações sobre como realizar o teste além de informações sobre como as pessoas podem reduzir seu risco de contrair o vírus. Foram também dovulgados 15 vídeos no Youtube. Veja abaixo.

Antes do inicio da campanha, o site havia registrado 9 mil novos visitantes no períodos de dois meses. Após o início da campanha, esse número subiu para 39.000 durante o mesmo período de tempo. “Acredito que a conversa esteja mudando. O que eu aprendi é que nós podemos mudar esse estigma da doença e que não não há vergonha nenhuma em fazer o teste”, diz Moses. “Não se trata de uma campanha para ganhar prêmios. Trata-se de salvar vidas”, finaliza.

Apesar dos avanços da medicina e do diagnóstico não significar mais uma sentença de morte é importante destacar que no Brasil são notificados, em média, 33 mil novos casos de aids por ano. Mas segundo a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, as infecçoes por hiv foram reduzidas em 20% nos últimos dez anos