Polêmica em campanha do Super Bowl: nem sempre a piada funciona

Era só para ser engraçado. Mas a campanha do site de compras coletivas Groupon no Super Bowl (campeonato nacional de futebol americano), criada pela agência Crispin Porter + Bogusky acabou tendo de ser retirada do ar. Nos filmes acima, os atores Timothy Hutton, Cuba Gooding Jr. e Elizabeth Hurley falam respectivamente sobre a situação de perseguição à cultura do povo tibetano, a caça às baleias e o desmatamento da floresta amazônica. O problema é que depois do alerta politicamente correto, as três peças são encerradas com um convite para conhecer um restaurante tibetano em Chicago, as baleias em um cruzeiro e a depilação com cera brasileira em Nova York.

Os filmes geraram muitas críticas e foram considerados greenwashing (termo criado para designar campanhas com uma falsa preocupação ecológica). Em nota, o fundador do Groupon, Andrew Mason, defendeu a estratégia dizendo que a idéia foi “tirar sarro da empresa”. “Jamais veiculariamos a campanha se achássemos que ela banalizaria essas causas”, justificou. Confira na íntegra no blog do Groupon.

Ao mesmo tempo, pela internet, o Groupon realizou uma campanha séria para apoiar as entidades de proteção ambiental (Greenpeace, Rainforest Action Network), que apóiam a formação profissional de jovens tibetanos (The Tibet Fund) e a construção de escolas no Nepal (buildOn). Pelo site, os usuários podem fazer doações no valor de US$ 15. A cada cupom de doação vendido (o dinheiro é repassado integralmente), o mesmo valor é depositado na conta das entidades por doadores anônimos.