Todo ser humano tem direitos mas nada adianta se não forem conhecidos e respeitados. Por isso, nos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o CNMP criou “A música que Todos Deveriam Saber a Letra”. O nome é grande. O propósito também: tornar conhecidos os 30 artigos que formam a declaração. Saber a letra dessa música constrói uma sociedade mais justa.
Cantado pela rapper Karol Conka e com participação especial da cantora Daniela Mercury, o clipe pretende difundir os direitos humanos previstos na Declaração e torná-los amplamente conhecidos pela sociedade. A letra da música dá vida ao documento e traz os 30 artigos em versão musicada.
Com conceito minimalista, o videoclipe traz situações retratadas por diversos personagens que revelam violações de direitos e problemas mundiais, e traduzem os direitos humanos a serem afirmados pela sociedade. O refrão da música enfatiza que os direitos são devidos a todas e todos que assistem ao clipe: “São seus direitos, são seus direitos!”, destaca a letra.
“São seus direitos! A Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma direitos fundamentais e, com 70 anos, é mais do que atual. Pouca gente sabe, mas todas e todos devem saber a letra, pois só quem sabe, exerce seus direitos. Essa campanha vem para fortalecer o princípio de que todos os seres humanos têm a mesma dignidade e fruem os mesmos direitos”, afirma a presidente do CNMP e procuradora-geral da República, Raquel Dodge. “O apoio dos voluntários, artistas, produtores, redatores, da União Europeia e da equipe do CNMP tornou possível este grande projeto”, concluiu.
Além da rapper Karol Conka e da cantora Daniela Mercury e sua esposa, Malu Mercury, a presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Keila Simpson, participou do videoclipe. Nenhuma delas cobrou cachê. A maioria dos atores e das atrizes presentes no clipe também foram voluntários.
A agência de publicidade Fields Comunicação e a produtora Vapt Filmes apoiaram o projeto e não cobraram honorários de produção.
Além do videoclipe e da música, a campanha conta com outras peças de comunicação para mídia impressa e digital. O material completo pode ser acessado na página da campanha. Com informações do CNMP.
A Declaração
Abalados pela recente barbárie da Segunda Guerra Mundial, e com o intuito de construir um mundo sob novos alicerces ideológicos, os dirigentes das nações que emergiram como potências no período pós-guerra, liderados por Estados Unidos e União Soviética, estabeleceram, na Conferência de Yalta, na Rússia, em 1945, as bases de uma futura paz mundial, definindo áreas de influência das potências e acertando a criação de uma organização multilateral que promovesse negociações sobre conflitos internacionais, para evitar guerras e promover a paz e a democracia, e fortalecer os Direitos Humanos. O documento estabelece, pela primeira vez, a proteção universal dos direitos humanos e das liberdades fundamentais.
Desde sua adoção, três anos após a criação da Organização das Nações Unidas, a Declaração foi traduzida em mais de 500 idiomas e inspirou as constituições de muitos Estados e democracias recentes.