Logo depois do estudo de três meses nas redes sociais que resultou no Dossiê Intolerâncias nas redes: visíveis e invisíveis no mundo digital, documento que mediu e analisou o comportamento intolerante do brasileiro na web, chegaram os Jogos Olímpicos e, com eles, a promessa de um ambiente digital mais tolerante, respondendo ao famoso espírito olímpico, que costuma contagiar o país.

Mas será que toda essa confraternização do esporte afetou o comportamento das redes? Com essa pergunta engatilhada, nossa equipe de monitoramento e análise voltou às redes com o intuito de investigar se as Olimpíadas amoleceram o coração dos intolerantes ou se agravaram ainda mais o cenário. Afinal, no estudo anterior, a intolerância estava presente em mais de 84% dos posts analisados no menor caso (xenofobia) e em 97% no maior caso (racismo).

Então, no universo das 5 milhões de menções feitas nas redes sociais às Olimpíadas durante o período em que os Jogos ocorreram (de 3 a 21 de agosto), detectamos nas principais redes 17.128 menções relativas a três assuntos de intolerância: racismo, misoginia e homofobia. O estudo abrangeu as principais redes: Facebook, Twitter e Instagram. Os resultados mostram que a intolerância foi menos recorrente do que em um cenário normal, da forma como demonstrou o Dossiê Intolerâncias nas redes: visíveis e invisíveis no mundo digitals. Ainda assim, casos de misoginia, racismo e ódio com as pessoas LGBTQ estiveram presentes nas redes durante os Jogos.

Boa leitura!

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