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Por que as pessoas são mais intolerantes no mundo digital?

O ódio e a raiva estão por aí desde que o mundo é mundo. Em uma sociedade em que temos que seguir normas e regras o tempo todo, esses sentimentos são a válvula da panela de pressão. Sabendo disso, precisamos enxergar as diferenças entre sentir raiva e disseminá-la mundo afora. É nesse momento que o ódio se transforma: em vez de ser controlável e passageiro, torna-se uma grave questão social, quase um problema de saúde pública.

A receita para entender em que momento a internet entra no meio de tudo isso é simples: basta pegar um sujeito cheio de preconceitos e dar a ele a “liberdade” de navegar por uma rede considerada livre, sem limites nem ninguém para julgá-lo: pronto, você acabou de criar um hater ou um troll do mundo digital.

O hater, um cidadão que é a negatividade em pessoa, usa o espaço da internet para espalhar palavras de ódio e intolerância. Já o troll prefere a provocação: a zoeira é fonte de prazer e divertimento pessoal. Parece até brincadeira de criança, mas é só navegar por timelines “famosas” para enxergá-los ali, sempre presentes. Afinal, the zoeira never ends.
…PRECISAMOS ENXERGAR AS DIFERENÇAS ENTRE SENTIR RAIVA
 E DISSEMINÁ-LA MUNDO AFORA.
A tendência é a de que os agressores na internet tenham
 um comportamento mais extremo do que teriam fora dela. 
O anonimato é o que dá segurança a quem ataca, já que a
 pessoa pode esconder a própria imagem com recursos que
 a web disponibiliza: criando um perfil, usando nomes ou
 avatares falsos. Tanto para os haters quanto para os trolls, os
 ataques ocorrem por quaisquer razões, começando pelo fato 
de o alvo ter uma opinião diferente da deles, buscam oprimir 
e discriminar pessoas por sua aparência, comportamentos ou
 posicionamentos ideológicos. Frases como “Nordestino não 
sabe votar”, “Bancada evanjegue”, “Petralha é tudo vagabundo”,
“Qual o seu problema? Você tem down?”, “Aborrecente é um
 bicho terrível”, “Olha só essa gorda escrota” e “Meu, esse cara é
 mó viadinho” apareceram no monitoramento do CQM e deixam
 claro o que é a intolerância visível.
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