Perguntas Freqüentes

O que é Comunicação de Interesse Público (CIP)?

Comunicação de Interesse Público é toda ação de Comunicação que tem como objetivo primordial levar uma informação à população que traga resultados concretos para se viver e entender o mundo melhor. Na Comunicação de Interesse Público, o beneficitário direto e primordial da ação de Comunicação sempre será a sociedade e o cidadão. Sua missão, portanto, se traduz num esforço para difundir, influenciar, criar ou mudar comportamentos individuais ou coletivos em prol do interesse geral.

A CIP não é a Comunicação praticada por governos?

Ainda existe muita confusão no Brasil sobre a abrangência da Comunicação de Interesse Público. Por aqui, ela é associada quase exclusivamente à Comunicação realizada pelos governos e outros agentes Públicos. Mas isto está mudando. Embora governos sejam emissores fundamentais da CIP, na medida em que detêm poder e a premissa melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, cada vez mais empresas e instituições do Terceiro setor atuam em causas consideradas públicas, patrocinando assim ações de Comunicação que têm como beneficitário direto a sociedade e os cidadãos.

Campanhas de utilidade pública fazem parte da CIP?

Sim, embora nem toda a CIP seja Comunicação de utilidade pública tradicional. A Comunicação de Utilidade Pública é diretamente envolvida em ações concretas de Comunicação dos governos para melhorar a qualidade de vida da população, na medida em que a característica desta é mobilizar, levar o individuo/cidadão a adotar um determinado comportamento que lhe traga benefícios tangíveis para melhorar sua qualidade de vida.

A CIP praticada por empresas é a chamada “responsabilidade social”?

Hoje a CIP encontra terreno fértil no mundo privado graças à disseminação da “responsabilidade social” corporativa. Assim, as ações de Comunicação de responsabilidade social podem ser consideradas CIP na medida em que estão ligadas a práticas sociais eficazes por parte das empresas. Mas, nos últimos anos, as empresas passaram a se dirigir não apenas a seus consumidores e ao mercado, mas à sociedade e aos cidadãos, que passaram a ser beneficitários diretos das suas ações de Comunicação. Isso ocorre, para citar apenas alguns dos inúmeros exemplos recentes, quando a Itapemirim, uma das maiores empresas de transporte rodoviário de passageiros do País, faz anúncio em sua revista de bordo “Na Poltrona” com o objetivo de combater o tráfico de animais; ou o jornal O Dia resolve tomar a iniciativa de publicar um anúncio alertando sobre os males do cigarro no Dia Internacional de Combate ao Fumo.

Como diferenciar uma ação de CIP de propaganda política, no caso da Comunicação praticada por governos?

Quando uma peça de Comunicação de um governo vai além de uma mera prestação de contas do tipo “fiz isso, fiz aquilo”, trazendo uma informação útil para a qualidade de vida e o engajamento do cidadão destinatário da mensagem, estamos falando de CIP. Do contário, corre-se o risco de se fazer apenas proselitismo eleitoral.

A CIP já é difundida no Brasil?

Cada vez mais, governos, empresas e o Terceiro setor do País engajam-se em ações de Comunicação que beneficiam diretamente os cidadãos brasileiros. Mas há um vasto campo ainda a ser explorado.

E no mundo?

Nos Estados Unidos, a CIP já é responsável por boa parte da Comunicação praticada por empresas e o Terceiro Setor. O mesmo ocorre na Europa.

Governos brasileiros praticam a CIP?

Menos do que deveriam. Ainda predominam as ações de Comunicação de governos, de todos os partidos e instâncias, que se limitam a uma mera prestação de contas de atos realizados e não envolvam os cidadãos num debate aberto para a solução dos problemas que são comuns. Mas há também exemplos importantes de CIP praticados por governos no Brasil: um caso emblemático são as campanhas de combate à Aids promovidas por governos de vários partidos ao longo dos anos e que hoje são referência mundial no assunto.