08/08/2016

Refugiados

Nas Olimpíadas, a nadadora síria que salvou 17 pessoas.

Heroína nas Olimpíadas

08/08/2016

Os atletas são sempre comparado a heróis, por conta do esforço e a superação dos próprios limites. Mas a  nadadora síria Yusra Mardini é uma heroína da vida real e ajudou a salvar 17 pessoas nadando em alto mar, durante a fuga para a Grécia. Aos 18 anos, ela é uma das 10 atletas do time montado pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) e a ACNUR, a agência da ONU para refugiados.

Yusra é personagem da campanha de oportunidade da VISA, The Swin. A empresa patrocina 60 atletas nas Olimpíadas, entre eles os do Time Olípico de Refugiados. O filme de Visa, feito pela BBDO de Nova York  recria a incrível história da nadadora.  “Os atletas Olímpicos de refugiados estão inspirando o mundo com suas incríveis histórias de perseverança e coragem, superando grandes obstáculos para chegar ao topo de seus respectivos esportes e competir no palco do mundo. Estes atletas incorporam a crença da Visa na aceitação para todos, em todos os lugares”, conta Chris Curtin, chefe de inovação de marketing e diretor de marca da Visa na matéria do AdWeek.

Yusra nada desde os 3 anos e disputou o Mundial de Piscina Curta de 2012, pela Síria. Planejava ir a Tóquio-2020, até receber o convite para disputar a Rio 2016. Ovacionada com outros refugiados de Congo, Sudão do Sul e Etiópia na cerimônia de abertura, ela chegou a ganhar uma bateria nos 100 metros borboleta e ficou no 41º lugar no placar geral.

Atleta de ouro

Entrevistada por vários jornais, Yusra  disse que só pensou ‘em água e nas últimas competições que disputou’. Por causa da guerra civil na Síria, a nadadora ficou dois anos sem poder nadar. Ela e a irmã Sarah fugiram de Damasco em abril de 2015. Passaram por Líbano e Turquia, onde pegou um barco superlotado, que começou a afundar no meio do Mediterrâneo. Yusra e sua irmã pularam na água gelada do Mar Egeu e nadaram por três horas até a Grécia, puxando com cordas o barco.  Salvaram outras 17 pessoas. A maratona prosseguiu pelo Leste Europeu, até chegarem à Alemanha em setembro, onde receberam o sonhado abrigo. Com informações Rio 2016 e O Dia.