Mudando tudo

05/04/2017

Amigos atrás de cercas
Olhando estranho para mim
Se perguntando quando a minha ficha vai cair
Mas ainda estou mudando
E não dá para eu mudar meu jeito – tradução de um trecho da música Changing, de John Mayer.

Um grupo de jovens influenciadores digitais dos EUA – com milhões de seguidores em plataformas de mídia social como Musical.ly, YouTube e Instagram – se juntou para falar de identidade de gênero e preconceito. Em formato de videoclipe, o filme conta a história de aceitação de um adolescente trans entre seus colegas de escola e amigos. As cenas são amarradas pela canção “Changing” de John Mayer.

A iniciativa, que teve o apoio do cantor e compositor John Mayer, coincide com o Dia Mundial da Visibilidade Trans (31/3) e a decisão do presidente Donald Trump de revogar a legislação que garantia o uso de banheiros a estudantes trans conforme sua identidade de gênero (a gente falou sobre isso aqui).

Os protagonista são interpretados por  Kristen Hancher, de 17 anos, uma das músicas mais seguidas da Musical.ly, que conta com mais de 13 milhões de fãs no popular aplicativo de compartilhamento de vídeos e o estudante transgênero Raegan Beast, que também acumulou milhões de seguidores nas redes sociais. Também estão no vídeo a muser* Piper Rockelle, de 9 anos, e outros influenciadores adolescentes como Hali’a Beamer e The Caleon Twins. O vídeo foi produzido pela Brat, uma nova empresa de mídia que trabalha com criadores digitais.

“É uma causa que me falou e estava perto e querida para o meu coração como alguns dos meus amigos perto de mim são transgêneros, então eu queria falar sobre isso e aumentar a conscientização”, disse Kristen ao site JustJaredJr. “Eu acho que todo mundo merece ser tratado de forma igual e não colocar em situações onde eles se sentem desconfortáveis.”

Cartilha

O Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH) lançou uma nova cartilha sobre orientação sexual e identidade de gênero no direito internacional dos direitos humanos. O livro, de 60 páginas e com o título “Nascidos Livres e Iguais”, foi concebido como uma ferramenta para ajudar os países a compreender melhor as suas obrigações e os passos que devem seguir para cumprir os direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT), bem como para os ativistas da sociedade civil que querem que seus governos sejam responsabilizados por violações de direitos humanos internacionais.

*muser: o YouTube tem seus youtubers, o Musical.ly tem musers.