17/10/2016

Violência doméstica

"Se não posso te ter, ninguém terá."

Não é como amor

17/10/2016
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“Eu machuco você.”

Como se fosse declarações de amor e usando símbolos “românticos”, esta campanha assinada pela polícia e a prefeitura de Los Angeles (EUA) denuncia a violência doméstica. Feita para o mês nacional da consciência da violência doméstica, em inglês e espanhol, está em bancos de trânsito, abrigos de ônibus e outdoors espalhados pela cidade com o slogan: “A violência doméstica não tem lugar aqui.” A criação é da agência Quigley-Simpson.

De acordo com a campanha, cerca de 10 milhões de pessoas por ano são vítimas de violência doméstica, 20 pessoas por minuto. Uma em cada três mulheres e um em cada quatro homens são vítimas de abuso por seus parceiros. A ONU estima que 35% de todas as mulheres do mundo tenham sofrido esse tipo de violência. Os dados sobre violência doméstica entre parceiros do mesmo sexo, no entanto, em geral são subnotificadas. Isso porque o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo é considerado crime em 76 países. E, mesmo nos lugares onde a união é legalizada, como no Brasil, há subnotificação em virtude do preconceito.

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“Vocês estão conectados. Pode começar agora uma relação abusiva.”

 

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1 em cada 3 adolescentes é vítima de abuso pelo namorado/parceiro/”crush”.

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“Se eu não posso ter você, ninguém pode.”

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“Rosas são vermelhas, violetas são azuis, não conte a ninguém que eu te bati.”

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“Agora você pode bater na noiva.”

No Brasil

O Brasil ocupa o 5º lugar no ranking de feminicídio entre 84 países, de acordo com a ONU Mulheres, braço da Organização das Nações Unidas (ONU) que cuida dessas questões. Segundo os dados, 41% dos casos de violência doméstica ocorrem dentro de casa e 57% iniciam-se após o término de um relacionamento. Além disso, três em cada cinco mulheres sofreram, sofrem ou sofrerão violência em um relacionamento afetivo no Brasil. Na capital paulista, foram 5.343 vítimas de agressão no primeiro semestre do ano.