Aparências enganam

21/11/2017

Aquele Papai Noel gordinho, com roupa vermelha, muita gente já sabe: foi criação da Coca-Cola. A marca, aliás, se desdobra nesse período com campanhas icônicas. Mas, se depender do Greenpeace, a festa este ano terá uma pegada mais real. Cheio de lixo, resultado das garrafas pet dos refrigerantes (inclusive).

O filme começa com um estilo semelhante aos icônicos filmes de Natal do refrigerante, segue a história de várias famílias durante as festas, mas pontua várias cenas com sinais de que nem tudo é como parece. O comercial termina com um grande caminhão de lixo, conduzido por um homem vestido de Papai Noel, despejando garrafas de plástico no mar. Nada sutil.

A mensagem do filme natalino do Greenpeace reforça que o equivalente a um caminhão de lixo de plástico é despejado no oceano a cada minuto. A Coca-Cola produz 110 bilhões de garrafas de plástico por ano. Boa parte vai para aterros, praias e oceanos. “Não deixe a Coca sufocar nossos oceanos”, diz o filme.

A criação é da  agência Weekend.

A Coca-Cola é o maior produtor de refrigerantes do mundo e fonte de mais de cem bilhões de garrafas de plástico descartáveis ​​todos os anos. Eles têm o poder de mudar a forma como as bebidas são embaladas e como essa embalagem é gerenciada. Este Natal, estamos pedindo à Coca-Cola para demonstrar boa vontade para com nossos oceanos e diminuir a enorme quantidade de plástico usada pela companhia“, declara Elena Polisano, do Greenpeace. (Com informações do CCSP).

Garrafas plásticas

Mais de 480 bilhões de garrafas de plástico foram vendidas em 2016 em todo o mundo, cerca de 300 bilhões  a mais que na década passada. Se colocadas alinhadas no espaço, elas se estenderiam mais do que meio caminho para o sol. Até 2021, aumentará para 583,3 bilhões, de acordo com as estimativas mais atualizadas do relatório global de tendências de embalagens da Euromonitor International.

Menos da metade das garrafas compradas em 2016 foram coletadas para reciclagem e apenas 7% das coletadas foram transformadas em garrafas novas. Em vez disso, a maioria das garrafas de plástico produzidas acabam em aterro sanitário ou no oceano.

Entre 5 e 13 milhões de toneladas de plástico são jogadas nos oceanos todos os anos e acabam ingeridas por aves marinhas, peixes e outros organismos. Até 2050 o oceano conterá mais plástico do que peixe, de acordo com pesquisas da Fundação Ellen MacArthur.

Apesar de recicláveis,