O negócio da preservação ambiental: a parceria empresarial dos índios Tembé

08/06/2009

O Globo publicou, no sábado (6/06), uma reportagem sobre o contrato de parceria entre os índios tembé-ténêtéhar e a empresa C-Trade. Os índios serão pagos para preservar a floresta e seus recursos naturais por meio de projetos de sustentabilidade que permitirá, por exemplo, que se o projeto deixar de existir daqui a alguns anos, eles não precisarão voltar a desmatar. Terão aprendido a se tornar independentes da exploração predatória dos recursos naturais. De acordo com jornal, a C-Trade projeta um retorno financeiro para os índios de R$ 1 milhão anuais. A oferta feita aos índios prevê que eles ficarão com 85% das vendas do crédito de carbono no mercado internacional e os 15% restantes, com a empresa. Apenas um quarto da reserva será alvo do contrato. Neste sentido, a empresa inovou, pois ao invés de apenas doar o dinheiro e incluir na conta da responsabilidade social, ela foi além, e viu isso como um negócio. Para cada hectare de mata nativa preservada, calcula-se que quatro toneladas de gás carbônico (CO²) deixarão de ser jogados na atmosfera. Calcula-se que na reserva dos tembé, a Terra Indígena Alto Rio Guamá, no noroeste do Pará, estão 145,39 toneladas de carbono por hectare. Confira o vídeo gravado pela equipe de reportagem aqui .