ONG alerta para riscos do marketing para crianças

21/03/2007

O site Crianças e Consumo (veja nota anterior), mantido pelo Instituto Alana, propõe uma discussão sobre o marketing voltado para o público infanto-juvenil. O objetivo é informar pais e educadores sobre o impacto do consumismo na formação de novos valores da sociedade. O instituto é afinado com as idéias da socióloga americana Susan Linn, autora do livro Crianças do Consumo – A Infância roubada. Ela diz que “o marketing para crianças enfraquece os valores democráticos ao encorajar passividade, conformidade e egoísmo. Ameaça a qualidade do ensino público, inibe a liberdade de expressão e contribui para problemas de saúde pública como obesidade infantil, dependência de tabaco e consumo precoce de álcool”.

O Intituto Alana cita dados do Painel Nacional de Televisão do Ibope que mostram que as crianças brasileiras entre 4 a 11 anos viram 4h51min19s em 2005. O Brasil ficou em primeiro lugar – antes dos Estados Unidos – na quantidade de tempo que as crianças ficam diante do televisor. A polêmica deve esquentar. Pelo menos na publicidade de produtos alimentícios para as crianças. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve restringir os horários e a forma de veiculação desses anúncios.

Por Karla Mendes