19/05/2016

Violência

O abuso infantil nem sempre é aparente.

Por trás dos hematomas

19/05/2016

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Os hematomas podem esconder histórias terríveis. Em 91% dos casos de abuso contra crianças, as pessoas responsáveis são aquelas que deveriam protegê-las. Pais, mães e cuidadores. Mas a verdade é que distinguir as marcas de lesões acidentais das causadas por um ato violento pode não ser tão fácil. Nem para aqueles acostumados a lidar com a saúde das crianças diariamente. Prova disso é que, segundo uma pesquisa Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA,  cerca de 70% dos casos de abuso infantil não são notificados.

Para ajudar profissionais treinados em assistência infantil, como enfermeiros escolares, a ficarem atentos aos sinais de abuso que as crianças podem estar sofrendo em casa, a National Association of School Nurses, dos Estados Unidos, divulgou uma série de cartazes ilustrados mostrando que precisava por trás de um inocente “acidente” podem estar casos de violência doméstica. Criados pela agência Area23 New York, os cartazes trazem um jogo de palavras: “Child abuse isn’t always apparent. Sometimes it’s a parent“. Apesar deste jogo de palavras fazer sentido apenas em inglês, a mensagem é universal: “Abuso infantil nem sempre é aparente. Ás vezes vem dos pais“.  Os cartazes reforçam a importância da vigilância constante das crianças e da denúncia caso se trate de um caso de abuso.  constantemente reforçando a vigilância. 

No Brasil

Em entrevista ao site Rede Notícias, o coordenador da Vara da Infância e Juventude do Tribunal da Justiça de São Paulo, Antonio Carlos Malheiros, explica que a criança é uma vítima praticamente sem defesa e que é fundamental que professores, enfermeiros e vizinhos  fiquem atentos não apenas à possíveis hematomas mas aos comportamentos das crianças. “Uma violência certamente vai gerar distúrbios de comportamento como a vítima fica silenciosa e apática sem motivo. Além disso, essa criança que sofre violência possivelmente vai apresentar sinais físicos da ação”. Malheiros aproveita para aconselhar o adulto que identificar alguma situação de abuso a procurar imediatamente o Conselho Tutelar ou procurar uma delegacia mais próxima.