Quem compra produto pirata paga com a vida

02/12/2010

A mensagem alarmante está nas peças da campanha Movimento Brasil sem Pirataria, lançado pela Fecomércio do Rio de Janeiro e conta com o apoio do Conselho Nacional de Combate à Pirataria, do Metrô Rio e da Delegacia de Repressão Contra o Crime de Propriedade Imaterial (DRCPIM).  Para ilustrar, uma imagem de uma boneca num caixão. Brinquedos pirateados não têm nenhum controle de qualidade e podem apresentar risco à saúde das crianças.  A campanha, deflagrada no mês das compras natalinas, vem acompanhada de outra notícia preocupante: o aumento do consumo de produtos piratas no país.

De acordo com a pesquisa Pirataria: Radiografia do Consumo, feita em parceria com o Instituto Ipsos, o Brasil tem 70,2 milhões de consumidores de mercadorias falsificadas.  O dado retrata um aumento nesse tipo de compra. Em 2010, 48% dos brasileiros que responderam à pesquisa afirmaram ter adquirido algum produto pirata. Em 2006, 42% dos entrevistados – cerca de 56,4 milhões –  compraram alguma mercadoria falsificada. Os DVDs piratas são os ítens mais consumidos.

O levantamento Fecomércio-RJ/Ipsos revelou também que o nível de conscientização dos consumidores em relação aos danos causados pela pirataria diminuiu drasticamente no período entre 2006 e 2010 (confira a análise no site da entidade). Por isso, as peças da campanha, criadas pela Agência 512 Comunicação, circularão nos vagões do Metrô-Rio nas linhas 1 e 2 a partir do dia 3 de dezembro, Dia Nacional de Combate à Pirataria. Na estação Carioca, onde passam todos os dias 120 mil pessoas, foi montada uma exposição mostrando as consequências negativas para a sociedade e para o cidadão das mercadorias falsificadas.