13/07/2016

Velhice

Não precisa ser sinônimo de solidão.

Solidão tem cura

13/07/2016

Envelhecer não é muito fácil. E um tema que a maior parte das pessoas evita falar.  Para os idosos, a solidão é um desafio enorme. Na Grã-Bretanha, 1,3 milhões de pessoas acima de 65 anos anos estão completamente sozinhos ao menos há dois meses.  O primeiro filme da campanha Loneliness da ONG britânica Contact Elderly  mostra bem a tristeza que acompanha a solidão.

Já o segundo filme (abaixo) mostra que há cura para a solidão e conta a história de Maud, 90. Ela nunca formou família e, depois que a melhor amiga faleceu em 2010, ficou absolutamente sozinha. O mundo passou por intensas modificações tecnológicas e de comportamento. A comunidade em que mora, ganhou novos e jovens moradores que ela não conhece. De uma certa forma, perdeu o gosto pela vida lá fora. Encorajada pelo geriatra, Maud resolveu sair de casa e procurou a ONG. Além das visitas frequentes dos voluntários, ela também participa das teas party e outros eventos. Aliás, é para isso que a campanha foi feita: pedir para que os idosos entrem em contato e não se sintam mais sozinhos. A Contact Elderly conta até com um disque 0800 para atendê-los.

Violência no Brasil

Nos últimos 50 anos, o Brasil saiu de uma expectativa de vida de 48 anos para 78 anos. “A nossa sociedade tem rejeição à velhice. Vivemos em uma sociedade que rejeita envelhecer e isso deixa o idoso à margem”. A declaração é do presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, João Bastos Freire Neto, para a reportagem da Agência Brasil. Segundo ele, determinantes culturais, sociais, comportamentais e de acesso à saúde, por exemplo, não permitem um envelhecimento participativo no Brasil e isso faz com que as pessoas não queiram chegar à velhice.

Por aqui, além da solidão os idosos enfrentam também a violência. O Disque 100, serviço de denúncias de violência do governo federal, recebeu 12.454 denúncias de violência contra a pessoa idosa de janeiro a abril de 2016. Os dados da Secretaria de Direitos Humanos, do Ministério da Justiça e Cidadania apontam que entre os denunciados, 54,48% são filhos das vítimas. Entre as violações mais recorrentes aos idosos estão a negligência, a violência psicológica, o abuso financeiro e a violência física. De 2011 a 2015, houve um crescimento de 292% no número de denúncias de violência contra o idoso ao Disque 100. Em 2011, foram 8.224 denúncias e, em 2015, 32.238 denúncias.