13/05/2016

Armas

O risco é real.

A violência não é ficção

13/05/2016

Depois do sucesso da campanha “Gun Store“, que criou uma falsa loja de armas em NY para chocar as pessoas que procuravam pela sua primeira arma de fogo, a parceria entre a organização States United to Prevent Gun Violence e a Grey NY fez um novo experimento social. E mais uma vez chama a atenção para o controle de armas nos Estados Unidos.

Desta vez, quem foi surpreendido foram os amantes de filmes de ação. Eles foram convidados para uma exibição especial de um novo filme – “Gun Crazy” – anunciado como nova super-produção do cinema. O título e o pôster do filme prometiam exatamente o que os cineastas eufóricos queriam: muito tiro e violência. E isso não faltou. Mas não da forma como eles esperavam. Ansiosos por muita ação, o que os espectadores presenciaram foi uma série de cenas reais de violência envolvendo armas de fogo, que incluíam disparos não-intencionais, suicídios, violência doméstica e homicídios. As câmeras escondidas instaladas na sala de cinema registra as reações dos fãs: todos atordoados.

Com esta ação,  a Grey New York afirma em um comunicado que pretende não só novamente chamar a atenção para os efeitos desastrosos das armas de fogo nos EUA, como também quer ilustrar a diferença entre a glorificação da cultura americana pelas armas de fogo e as conseqüências reais da violência armada.

Desde o ano 2000, a porcentagem de americanos que vêem as armas como uma forma de mantê-los mais seguro quase dobrou – chegando a 63% da população. Segundo a organização, ter uma arma faz com que a morte em casa seja quatro vezes mais provável do que se você não a tiver. Em um comunicado oficial, a diretora da SUPGV, Julia Wyman, explica a importância da mensagem da campanha:”Nosso objetivo com #GunCrazy é mostrar a a necessidade de sensibilizar a sociedade como um todo quanto às consequências horríveis da violência armada“. Julia complementa ao afirmar que, em média, 32.000 americanos morrem todos os anos por causa da violência armada.