Escravas da moda

04/08/2017

Atender aos padrões estéticos pode deixar marcas no corpo. E fazer muito mal. Tanto física como mentalmente. Tem gente que força a barra para caber em roupas pouco confortáveis em busca de um ideal de magreza.  O resultado dessa tortura está nos anúncio acima. Para mostrar que é preciso deixar de ser escravo da moda, a VK Moda Plus Size, as fotos das modelos nuas evidenciam os hematomas e equimoses que aparecem após alguém vestir uma numeração abaixo da ideal para o seu corpo. A criação é da Propeg.

Divulgadas na Revista Bahiana de Medicina e no site e mídias sociais da Associação Bahiana de Medicina, as imagens acabaram tomando proporções maiores que o esperado e viralizaram na internet.

Fora do padrão

Apenas 4% das mulheres no mundo todo se consideram bonitas e a ansiedade com a aparência começa quando ainda são muito jovens. E 6 entre 10 garotas estão tão preocupadas com sua aparência, que até deixam de fazer coisas no seu dia a dia: nadar e praticar esportes, ir a uma consulta médica ou à escola e até mesmo dar suas opiniões. Os dados são de uma pesquisa da Dove, que promove a Beleza Real como um conceito permanente de sua estratégia de comunicação. 

A preocupação com o estereótipos colocou os padrões de beleza na berlinda. Na semana passada, anúncio que a Grã-Bretanha iria banir propagandas sexistas ou que trazem representação estereotipada de gênero, sobretudo das mulheres, causou uma  enorme repercussão no mercado publicitário mundial.

Em junho, durante o Festival Cannes Lions, a Unilever anunciou que havia se associado à Onu Mulheres para tirar estereótipos da publicidade. “Como parte do próprio compromisso da Unilever em fazer as coisas de forma diferente, desafiamos cada uma de nossas marcas globais a afastar-se de retratos inúteis e estereótipos de gênero”, escreveu Aline Santos, vice-presidente executiva de marketing global da Unilever. “Isso significa retratar, de forma atual e equilibrada, homens e mulheres que são relevantes para o consumidor de hoje”.