Onde estão as garotas?

07/03/2016

Rosa, noiva, pintando as unhas. Os emojis femininos não agradam as meninas de Like a Girl, da Always. “Por que só tem meninas vestidas de rosa?”, questiona uma delas no novo filme da campanha. “Noiva é profissão?”, ironiza outra, ao reclamar que na área das profissões não tem imagens que representem as mulheres. A mesma coisa acontece em esportes: só personagens masculinos fazendo coisas que as garotas fazem, como andar de bicicleta.

Não é frescura, nem onda politicamente correta. A Always alerta que os emojis reforçam estereótipos e atingem especialmente as meninas na fase de construção da identidade e autoestima, a puberdade.  Todos os dias, segundo estimativas da empresa, elas usam mais de um bilhão de emojis em seus bate-papos e redes sociais.

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A campanha convocou as meninas a compartilharem através da hashtag #LikeAGirl  fotos ou vídeos falando que tipos de emojis elas gostariam de ter nas suas conversas. Algumas das sugestões no vídeo incluem uma lutadora, jogadora de futebol, baterista, empresária e  uma “garota super durona”. Mark Davis, presidente do Consórcio Unicode, responsável pela liberação dos emojis, não se comprometeu em fazer novas imagens mas disse que existe um trabalho para melhorar a representação feminina.

Premiada em Cannes, a campanha Like a Girl tem abordado temas importantes para o universo feminino, como autoestima, desigualdade de gênero e empoderamento desde 2014. A criação é da Leo Burnett.