Fazer gato é sofrência

23/07/2015

miau

Com a campanha Fazer gato é Sofrência, criada  para a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), a Propeg encontrou uma forma irreverente de conscientizar a população sobre os riscos e prejuízos das ligações elétricas clandestinas, popularmente conhecidas como “gato”.

A campanha foi criada após a Coelba divulgar um balanço apontando os enormes riscos e prejuízos milionários causados pelos gatos. Em um primeiro momento, foram criados diversos teasers impressos e digitais que anunciavam o lançamento da música “Miau Miau”, suposto novo single de Pablo, cantor romântico  que se tornou bastante popular no último ano e ficou conhecido como o “rei da sofrência”.

Algumas semanas depois, de forma simultânea, a música começou a ser tocada  nas  rádios e seu clipe divulgado na internet e em emissoras de TV.  A música conta a história – ao estilo de Pablo – de um homem que por causa do “gato”, não só perdeu seus eletrodomésticos queimados como também sua mulher.

A mensagem da campanha – “Fazer gato é sofrência. É crime. Dá multa e coloca em risco a sua segurança e a dos seus vizinhos” – vai ao encontro dos dados do balanço divulgado. O estudo aponta que  a quantidade somada de energia consumida de forma irregular na Bahia (1.717 GWh),em 2013 e 2014, equivale ao consumo total  durante cinco meses do município de Salvador além de ter causado uma perda de R$588 milhões para a companhia.  As pessoas que realizam a instalação dos “gatos” estão sujeitas a choques elétricos e quedas dos postes durante a instalação. Entre 2013 e 2014,  foram registrados 10 acidentes e cinco mortes nessa situação, de acordo com a Coelba.

O documento lembra também que essas ligações elétricas ilegais podem causar prejuízos na qualidade do fornecimento de energia da comunidade  – por sobrecarregarem o sistema da Coelba – além de prejuízos fincanceiros à ela já que cerca de 50% dessas despesas financeiros extras da Coebla são distribuidos nas contas de luz dos clientes.

Além das redes sociais do próprio Pablo, a campanha é sustentada  com a criação de um hotsite próprio que oferece para downloads materiais com informações sobre o problema. Conta ainda com outdoors e busdoors, cartazes, ações em rádios comunitárias e ações digitais – como o estimulo da dublagem – seguidas de compartilhamento – da música pelo aplicativo Dubmash. A Coelba afirma que investiu cerca de R$145 milhões , entre 2013 e 2014, e R$124 milhões, em 2015, em projetos e operações de inspeção, cabos anti-furto e regularização de ligações clandestinas.