Não é um alvo

21/08/2017

Para marcar o Dia Mundial Humanitário, lembrado neste 19 de agosto, a ONU lançou a campanha “Não É Alvo” — #NotATarget , em inglês. Iniciativa alerta para a necessidade proteger civis em zonas de conflito. Criada pela VML de Nova York, em parceria com a própria ONU e com o Facebook, a estratégia tem filtro para o Facebook Live, que permitirá ao público no mundo todo gravar e compartilhar as histórias de pessoas afetadas por conflitos. A ferramenta transforma o smartphone em um teleprompter interativo e pode ser acessado clicando aqui.

Além de filme para TV (acima) e da ação no Facebook, a campanha tem peças para out of home, mídia impressa e estratégia de mídia social que será lançada com parceiros da ONU, como Médicos Sem Fronteiras, Cruz Vermelha, entre outros.

Campo de refugiados de Zaatari (Jordânia). Photo by Lynsey Addario/Getty Images Reportage

 

Photo by Lynsey Addario/Getty Images Reportage

Todas as peças vão direcionar as pessoas para o site: worldhumanitarianday.org. No endereço eletrônico, poderá ser assinada uma petição, exigindo que líderes políticos tomem as decisões necessárias para proteger civis que vivem em zonas de guerra. A iniciativa “Não É Alvo” — do original em inglês, Not A Target — alerta o público sobre os riscos enfrentados por pessoas comuns em situações de guerra. Para ajudar, assine a petição em prol da segurança e da vida de pessoas inocentes.

“Apesar de nossos esforços, civis, incluindo profissionais humanitários e de saúde continuam a suportar o fardo dos intensos conflitos pelo mundo. Eles são atacados e têm seu acesso (a populações afetadas) obstruído, ao passo que suprimentos humanitários e hospitais são saqueados por grupos conflitantes. Além disso, em cidades como Juba e Alepo, mercados, escolas e a infraestrutura civil vital são destruídos”, alertou o Secretário-Geral da ONU, António Guterres.

Crises humanitárias são observadas em países como Iêmen, Iraque, Síria, Sudão do Sul, República Democrática do Congo, Nigéria e outros lugares, onde milhares e mulheres e meninas precisam urgentemente de proteção, apoio e tratamento para lidar com abusos e traumas sexuais.

“O resultado dessas crises é o número recorde de pessoas, mais de 65 milhões, forçadas a deixar suas casas fugindo de conflitos. Ninguém está ganhando essas guerras. Estamos todos perdendo”, disse Guterres. Atualmente, o Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) estima que 141,1 milhões de pessoas vivendo em 37 países precisem de assistência humanitária. O número representa um aumento de 12,5 milhões desde janeiro.

Somadas as estratégias de resposta da ONU e parceiros, serão necessários 23,5 bilhões de dólares para atender 101,2 milhões desses indivíduos. Segundo um levantamento feito em junho pelo OCHA, apenas 6,2 bilhões de dólares — pouco mais de um quarto do orçamento total — foram disponibilizados para financiar programas de ajuda.