Pirataria no cinema: consumidores fazem manifesto

09/02/2011

Impedir que um filme seja baixado pela internet ou chegue ao mercado de filmes pirateados é bem difícil tanto para a indústria do cinema como para governos. Um grupo de consumidores, apaixonados pelo cinema, está oferecendo uma alternativa: em troca de um compromisso formal de não piratear conteúdo, a indústria passa a adotar uma série de providências, entre elas,  diminuir o valor dos  ingressos ou venda de filmes. O Lift Group, autodenominado “grupo de pioneiros da Europa e Ásia que se reúne  para explorar as implicações sociais das novas tecnologias”, lançou o manifesto dos consumidores de mídia digital (Digital Media Consumption Manifesto) Don’t Make Me Steal (não me faça roubar) no dia 03 de fevereiro.

No manifesto,  os consumidores se comprometem a não baixar ou partilhar filmes nem comprá-los no mercado pirata desde que a indústria do entretenimento passe a praticar  preços justos, a possibilidade de obter o conteúdo com áudio em diversos idiomas (e criar legendas compartilháveis), a conveniência de obter o conteúdo rapidamente, estreias globais e o direito de assistir o conteúdo adquirido em qualquer dispositivo. As “assinaturas” podem ser feitas diretamente na página do manifesto, a partir de perfis do Facebook e do Twitter. A iniciativa já conta com 5.044 adesões mas ninguém da indústria se manifestou sobre a proposta.

No Brasil, a novidade contra a pirataria é o o primeiro projeto de lei (PL 8052/11) enviado pela presidente Dilma Rousseff ao Congresso Nacional.  O projeto propõe mudanças em quatro artigos do Código Penal que vai agilizar as perícias e o destino (leilão, Fazenda Nacional ou destruíção) dos produtos piratas apreendidos.