Redes sociais e pessoas desaparecidas

13/06/2012

No início do mês, pelo Facebook, foi compartilhada a foto de um jovem de 25 anos encontrado no Parque Lage (Rio de Janeiro) desacordado e sem documentos. Ele foi internado em estado grave e inconsciente. A única identificação era uma tatuagem com nome de mulher (foto acima). Graças à solidariedade no mundo virtual – a foto da tatuagem foi compartilhada milhares de vezes – o rapaz foi identificado três dias depois. O desfecho só não foi mais feliz porque ele faleceu em decorrência dos ferimentos (traumatismo craniano e multiplas fraturas pelo corpo) – leia a história completa aqui.

O caso não é isolado, as redes sociais estão sendo bem usadas para ações simples de solidariedade e mudado a forma de lidar com o problema de pessoas desaparecidas, especialmente crianças. No Brasil já existem dezenas de comunidades virtuais no Facebook e Orkut dedicadas a divulgar imagens de pessoas desaparecidas. De acordo com especialistas, compartilhar uma imagem ou um alerta gera satisfação pela boa ação e exige pouco esforço.

É também o que afirma o site norte-americano Mashable, no artigo A tecnologia transformou o jeito como encontramos crianças desaparecidas. As imagens de crianças em embalagens de leite foram substituídas por páginas no Facebook (cada estado americano tem a sua página para denúncias e alertas), Twitter e aplicativos para smartphones. As autoridades policiais ouvidas pelo Mashable disseram que a solidariedade virtual tem ajudado a resolver desaparecimentos, sequestros e outros crimes. A ponto do governo americano estudar enviar alertas emergenciais pelos celulares dos cidadãos, mesmo os não cadastrados para receberem notificações.