09/05/2016

Internet

A capa que você não vê no jornal que você lê.

Resumo na capa

09/05/2016

 

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Você provavelmente já conhece o Sensacionalista, um site que abusa do sarcasmo e do deboche para abordar qualquer assunto que seja destaque nas mídias. De política à fofocas sobre celebridades, suas manchetes já atraíram mais de 2 milhões de seguidores no Facebook. Mas esse é apenas um exemplo de ideias geniais de jornalistas que exercem seu senso crítico em um meio que permite uma criatividade sem limites.

O blog vai apresentar para aqueles que não conhecem, o projeto ACAPA. Desenvolvido pelos jornalistas Edgar Gonçalves, Fabrício Cardoso e  Renata Maneschy, este projeto é o primeiro jornal sem jornal. Não entendeu? Basicamente, é uma página que traz uma série de capas “extraoficiais”, que resumem e interpretam de uma forma inteligente, ácida e crítica as notícias que estão se destacando na mídia e nas redes sociais. Não tem matéria. Nem mesmo textos. Apenas uma capa monotemática com o slogan: “a primeira página que você não vê no jornal que você lê“.

Alimentada por diversos profissionais com longas experiências em criação de capas de jornais – inclusive premiados em design e reportagem – a página já abordou temas como a Tragédia de Mariana, processo do impeachment e o desabamento da ciclovia da Av. Niemeyer. Ela já foi, inclusive, indicada pelo próprio Sensacionalista e reúne mais de 6 mil seguidores no Facebook. “A realidade está aí oferecendo inspiração diária para produzir primeiras páginas com pegada crítica e interpretativa, sem abdicar do humor e da emoção“, declarou Edgard Gonçalves em entrevista ao site AdNews. Ele lembra também que no Brasil, o que não falta é pauta para ser abordada pelo projeto. “A votação do impeachment na Câmara dos Deputados, por exemplo, é uma jazida inesgotável para reportagem, piada, romance, música e até tese de doutorado. Mas o que percebo é que iniciativas como ACAPA ajudam a organizar de alguma forma o caos informativo circulante na internet, um papel do qual o jornalismo não pode fugir“.

Os jornalistas responsáveis pelo projeto ainda trabalham como voluntários, cedendo seu tempo livre para isso. E garantem que ainda há mais por vir. Os próximos passos incluem planos para criar capas de discos, capas sob demanda e produtos licenciados.

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