Para entender as fake news

21/03/2018
das

Para entender as fake news e como elas viraram a armadilha de eleições

Artigo de Julio Moraes
Publicado por Adnews em 21/3/2018

Seus dados roubados da internet, manipulação psicológica do usuário, criação de bots para discutir com humanos, difusão de pânico, medo e desinformação em prol a um candidato “salvador” desses mesmos medos… Poderia ser fácilmente um roteiro de um filme de ficção científica, mas tudo indica que poderá ser as próximas eleições no Brasil – e no Mundo.

Este artigo existe para analisar e entender o ponto principal e mais crítico de um mundo digital globalizado – e como as redes sociais foram de ESPERANÇA para A FERRAMENTA DE DIVULGAÇÃO DE MENTIRAS que podem afetar pessoas que você não conhece.

Tudo começou com um Prisma

Ou melhor, PRISM program. Em 2007 nasceu um programa de vigilância global, criado pelos Estados Unidos da América, para que acompanhassem, online, os passos de pessoas ligadas em até terceiro grau com potenciais suspeitos terroristas que podem colocar em risco a segurança do US. Em resumo, órgãos públicos de segurança do US podem ouvir, ver e capturar informações de usuários além do próprio país. Isto significa que, se acessamos um website ou serviço online hospedado no US (Gmail, Facebook, Twitter, Skype, etc.), qualquer cidadão do planeta – dentro dos parâmetros da plataforma que ainda existe – fica exposto a lei de segurança de um país que não o dele.

O programa foi amplamente divulgado pelo ex-analista da NSA (National Security Agency / US) Edward Snowden, considerado um traidor pelos Estado Unidos e atualmente em asilo político na Rússia. O melhor resumo sobre isto você encontra no vídeo da programa Last Week Tonight with John Oliver – HBO, 2015 (aqui). A história que também se transformou em um filme debate, dirigido por Oliver StoneSnowden (2016) (aqui). Pouco sabíamos que a mesma lógica, com diferentes iniciativas de captura de informações, poderia ser aplicada para outros fins e por qualquer um.

A revolução dos Bichos… Digitais.

Em 2008, o político – até então senador – Barack Hussein Obama, foi oficialmente o primeiro candidato a presidente dos Estados Unidos da América de maior impacto cultural a utilizar as redes sociais para divulgar suas ideias, arrecadar dinheiro, mostrar suas ações e incentivar as pessoas a irem votar – se possível nos Democratas – utilizando de uma equipe 99% nos seus 20 anos e confiando plenamente em uma geração conectada e engajada para fazer o melhor para a campanha e posteriormente se tornando referência para o mundo.

Criando uma nova página do cenário político no US, não somente como primeiro presidente african american, mas também um novo tipo engajamento político em campanhas digitais, a campanha de Obama, replicada em 2014, foi um marco se tornando um exemplo único de utilização das redes e de captura de informações legalmente para atingir seus eleitorado e do concorrente de modo diferente e analítico.

Já em 2016, quase 10 anos depois do Obama mudar o cenário, vários estudos e tentativas de replicar o sucesso mundo afora, nos permitiram entender melhor o impacto das eleições e atitudes políticas em cada cultura e o quanto podemos saber de um usuários das rede sociais – que aceita os termos e compartilha até o que talvez não queira –  pode nos beneficiar como empresas (ou aqui no caso: personalidade política) para manter assertividade e/ou até mudar estratégia e foco político, por que não? Com dados e análises dos usuários, conseguimos um mundo fantástico a nossa frente para realmente ter impacto político real na sociedade e evoluir como um grupo, mas… Procuramos meios de usar deste poder sempre como uma ferramenta contra uma unificação da sociedade. Eis que chegamos nas eleições que elege o presidente mais polêmico do US.

Quando Donald Trump ganhou as eleições, e relatos dizem que até ele mesmo ficou surpreso com o resultado, ainda não tínhamos a extensão do poder de manipulação pelas redes já que as ações do candidato fugia de um padrão lógico de educação, respeito e demonstração de ações de interesse ao eleitorado. Mas logo descobriríamos que essas mesmas ações teriam sido adotadas por um advogado lendário de Nova Iorque que defendia não somente comunistas que seguiam os padrões dos Alemães dentro do US (estamos falando da época da segunda-guerra mundial), mas também gangsters famosos da época, Roy Cohn (+aqui).


*Imagens de campanha de Donald J. Trump

Mas como truques de um advogado “do diabo” da década de 50 podem funcionar melhor que um público unido digital do novo milénio? Simples: Aprendendo a falar o que cada um realmente sente sobre assuntos delicados e ganhando notoriedade pelo ódio e não pelo que é bom ao público comum. O ser humano é, historicamente, atraído pelos acontecimentos ruins e caos, enquanto bons atos são esquecidos rapidamente, não permitindo que pessoas se inspirem para continuar a fazer ações similares. É algo que ainda temos dentro de nós para evoluir, crescer e aprender. Não alimentar o que faz mal e evitar tratar o próximo como ameaça a nossa existência só porque pensa, fala ou publica algo diferente do que não gostamos. Mas, veja, todas essas ações são facilmente coletadas e compreendidas por algoritmos que podem nos contar uma história sobre você e nos ajuda a entender como te incentivar a engajar em algo que uma personalidade política precisa em um certo momento. Um apoio, por exemplo.

Agora, só para localizar você em como funciona (funcionava) o mundo político até então, de modo bem simples. US liderava como política global, Europa vem logo em seguida e em terceiro lugar os países emergentes. O país que lidera politicamente o mundo, geralmente é o mesmo que tem responsabilidades de fazer com que o mesmo funcione para todos, mas sem esquecer as próprias necessidades e interesses do país. É um grande poder que qualquer outro país adoraria obter e… Vamos falar sobre a Rússia?

Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades

Se a regra da época da Guerra Fria era, quem tem maior foguete tem mais respeito, em 2018 as armas são os dados dos usuários, os soldados com pés nas terras agora são hackers salvos dentro do próprio país, e fala mais alto aquele que tem maior capital político digital – a “massa”. Como se tornar relevante, e fazer tudo que quiser ser ter um país de poder similar com visão muito diferente da sua te incomodando? Você só precisa desestabilizá-lo.

Sim, hackers ajudaram o Trump a se eleger.

Sim, ele sabia o que estava acontecendo – se ele entendia, é outro assunto.

Sim, outros países não fizeram nada sobre o acontecido por interesse político.

Não conseguiríamos entrar em detalhes de uma investigação em aberto e complexa, mas poderá encontrar várias fontes e acompanhar o assunto internet a fora. O que poucos conseguem entender são os benefícios dessa manipulação. E aqui vou dar um exemplo. China, um dos países mais poderosos ao lado do US, atualmente preferindo lidar e trocar informações sobre política internacional com Jared Kushner – enteado de Donald Trump indicado para falar com superpotências – pela facilidade de manipular o rapaz, obtendo informações sensíveis e conseguindo liberação de pedidos gigantes, tudo isso fica fácil com a aprovação de um empresário que pouco entende de política global. O caso foi amplamente divulgado pela mídia até que Kushnerperdesse seus privilégios, posição e acessos a Casa Branca.

Agora, recapitulando, desde o início do texto você consegue perceber que toda essa conexão e acontecimentos vieram graças ao uso de algoritmos e ferramentas a disposição, inicialmente ao governo do US e, posteriormente, replicado em todo o mundo e a disposição daqueles que querem utilizar esses dados como armas políticas contra outras nações ou movimentos políticos sociais. Rússia (os hackers russos) só precisavam de informações sobre os estadunidenses médio e o candidato perfeito para deixar fraco a liderança política do planeta.

Como foi feito?

Para conseguir atingir um público ideal, primeiro você precisa dos dados e informações detalhados desse cluster, mais ainda, ser preciso sobre o local que vai fazer isto. Como encontrar? Fácil, em 2017 a Reuters publicou uma matéria, com resultados da Pew Research Center, confirmando que dois terços dos adultos nos Estados Unidos consomem notícias primariamente nas redes sociais. Essas pesquisas permitiram um ponto inicial dos interessados na manipulação para falar com o público que os ajudaria a colocar o candidato no poder. Sendo assim…

Já com dados iniciais as mãos, eles ativaram a captura maior de dados pessoais e psicológicos dos clusters, gerando uma central de informações gigante a ponto de mudar não somente as eleições do US, mas também as eleições do Brexit (chegaremos lá). Agora era o momento de publicar, testar, criar, difundir e jamais se envolver pessoalmente, deixar que o fluxo orgânico do criado ganhar espaço nas redes e gerasse esse net de des-informações. Eis como a Rússia se envolveu na Eleição do US em 2016:

  • 80,000 posts texto no Facebook
  • 120,000 mil artigos falsos
  • 40 mil contas no Twitter
  • 131,000 tweets entre Setembro e Novembro
  • 1100 vídeos no Youtube
  • Atingindo 29 milhões de eleitores ativos nas redes

Tudo isso gerado por robôs em 3 meses, apenas. São números que vieram direto da investigação de Robert Mueller, advogado especial indicado, investigando como tudo isto aconteceu no US e como envolve o Trump, e com os dados oferecidos diretos do próprio FB e Twitter.

As publicações foram certeiras ao seu público. Se você acha dificuldade de encontrar o seu, os hackers conseguiram tranquilamente resultados com posts como esses:

Esses anúncios foram focados para pessoas com certas opiniões e também só para certos estados e cidades que poderiam fazer a diferença nas eleições norte-americanas. Eles comentavam, criavam histórias falsas, faziam bots que conversavam entre eles e invadiam as páginas de notícias para comentar tudo a favor de Trump e contra contra Hillary Clinton.

Fonte BBCMother Jones e Reuters

Lembre-se, tudo isto só funcionou porque os hackers em questão tinham acessos a informações detalhadas das vidas as pessoas… Agora, como eles sabiam tanto dos usuários se as opções de anúncios do facebook, twitter ou google não conseguem esse tipo informação? Outra resposta simples: O próprio usuário entregou.

Cambridge Analytica

E agora começa a última grande peça desta digital warfareChristopher Wylie, um cientista da computação canadense, contou ao The Guardian como obteve do Facebook detalhes de +50 milhões de usuários. O material foi utilizado pela consultoria Cambridge Analytica, nas campanhas do Brexit e das Eleições de 2016 norte-americanas.

O analista compartilhou como o usuárioentregou facilmente, não somente seus dados de tudo que já compartilhou ou compartilha no Facebook, mas também detalhes de gostos, pensamento sobre tópicos, detalhes de suas opiniões e de suas ações, e o modo mais eficaz que encontraram foram as enquetes inocentes que 90% dos usuários gostam de fazer e compartilhar..


“Responda este quiz e descubra qual animal você seria!!”

 

A empresa, entre outras ações, criou um aplicativo de enquetes em que o usuários respondia perguntas e entregava seu histórico de perfil – e psicológico – para os desenvolvedores. Além disto, para publicar os resultados com seus amigos, o usuário entregava uma permissão para que o aplicativo acessasse dado não só de seu perfil mas também de seus amigos. Podendo compartilhar até conteúdo de mensagens privadas com a empresa. Toda essa ação poderia ser feita com a API do Facebook antes de uma mudança no algoritmo e permissões da plataforma. Um usuário poderia permitir que um app também tivesse acesso dos dados pessoais completos de todos seus amigos, sem qualquer aviso além do que já estava descrito nos Termos e Condições.

Esses dados foram essenciais para atingir o objetivo na campanha do Brexit, por exemplo, prevendo que pessoas votariam no “SIM” por acreditar que a ideia era muito absurda de passar. Mas não necessariamente apoiando a saída do UK da União Europeia. Agora entendemos a facilidade de identificar como núcleos de pessoas que pensam como o Trump poderiam ser influenciados pelo ódio rápido contra o outro candidato, apoiando as pautas mais importantes e polêmicas do país como porte de armas, terrorismo e a sensação de que a política – e o político atual – nada fazem para a classe média que sente o peso dos impostos. Além de utilizar os aspectos psicológicos pessoais como preconceito, racismo e demais questões sociais que podem incendiar qualquer sessão de comentários. Tudo que a Rússia precisou foi incluir mais dados já nos perfis que tinham.

Mas o que isso tem com o Brasil?

Muito. Um estudo da Universidade de Oxford, Reino Unido, com a autoria de Dan Arnaudo da Universidade de Washington, de 2017, mostra em 38 páginas como a política brasileira foi influenciada por bots na internet nas eleições de 2014. E também cita as ações digitais das Eleições Municipais do Rio de Janeiro em 2016. (leia aqui)

O estudo mostra como partidos como PSDB e PT teriam gasto milhões de reais em bots – Sem contabilizar páginas de facebook criadas para gerar notícias falsas (fake news), semi-verdadeiras e reais, além de pagamento para influenciadores de ambos os lados.

E dois anos depois, a equipe do Labic/UFES encontrou uma rede de 3.500 contas atacando o então candidato à prefeitura do Rio em 2016, Marcelo Freixo, publicando cerca de 100 vezes por hora. Segundo os especialistas, a frequência de postagens é um dos principais indicativos de um robô em uma rede social. (fonte ESTADÃO)

Essas ações foram criadas com objetivos claros: Atacar o oponente, criar medo e angústia na população. Apesar dos parâmetros diferentes dos Estados Unidos, no Brasil, Facebook, WhatsApp e Youtube são os mais utilizados (fonte). Se focarmos especialmente no WhatsApp, entendemos que não é difícil criar uma rede de influenciadores de divulgação em massa, especialmente de títulos de notícias para as pessoas que não consomem o conteúdo com certa curadoria e pensamento crítico.

Se por um lado podemos confiar em nosso amigo do Facebook, por outro lado precisamos pensar se o que essa pessoa está publicando tem algum fundamento ou confiabilidade ao menos para criar um debate saudável sobre o assunto em si. Entramos aqui no problema chave social do país de atitude da população média (ou massa). Podemos debater por horas se a educação brasileira base não está criando pensadores analiticos ou se somos uma comunidade que não pensa no médio e longo prazo. De repente até se somos criados para pensar em nós mesmos e viver o agora e de imediato. O que importa nesse momento é entender a facilidade que é de manipular a opinião da massa ou opinião popular.

As pesquisas e os passos acima mostram como o Brasil ainda engatinha mas já está, há anos, exposto a ações similares do que acontece ao redor do mundo, com adição de questões sensíveis a mais – seja estrutura política, pouco respeito a constituição, rara sensação de unidade em modo nacional. Dentre tantos outros pontos, que fica fácil proliferar o ruim e a discórdia.

FAKE NEWS mata e você é a arma de disparo


https://twitter.com/Cecillia/status/975356907664957440

Se já não tivéssemos que lidar com a sensação política inadequada e com problemas estruturais graves, acontecimentos no digital como a de Marielle Franco – vereadora, 38, quinta mais votada da cidade do Rio de Janeiro nas eleições de 2016, com 46.502 votos em sua primeira disputa eleitoral, assassinada junto com seu motorista Anderson Pedro Gomes, 39, na cidade do Rio de Janeiro – mostram como as eleições de 2018 podem tomar proporções mais preocupantes para todos.

Ao adicionar o cenário político brasileiro com tudo que vimos nesse artigo, temos uma receita para um problema sem solução rápida, a de não conseguirmos reeducar as pessoas sobre informações corretas e de como não teremos mais controle sobre o que é publicado e para quem, só sabemos que essa manobra de massa digital estará a disposição de quem pode pagar mais.

Antes mesmo de ganhar notoriedade no US pelo Trump, o Fake News já é um problema até antes de digital, causando problemas sérios para todos que são alvos dos boatos falsos e se tornando hoje uma arma real com facilidades de acesso e divulgação na ponta dos dedos. Veja alguns exemplos dos últimos anos:

Se um cidadão comum é alvo de um ódio alheio, como seria com um político de notoriedade?

*Imagem montagem de autor desconhecido com as informações falsas da vereadora, publicada na internet e que foi republicado por vários usuários

A imagem acima, feito em modo montagem com informações falsas foi replicada nas redes sociais sem qualquer link, fonte, citação ou confirmação, mas utilizado de modo amplo por todos que querem atacar a vida pessoal da vereadora assassinada, diminuindo a importância do ocorrido e transformar a história dela em tópicos falsos para sustentarem seus próprios gostos e apoios. A pergunta que devemos fazer sempre é, quem ganha com a desinformação e no caos? – Confira as consequências desse caso em particular nesta matéria do Fantástico de 18/03/2018.

2018

O assunto é complexo e vem de outras épocas além da nossa – e que ainda continuamos contando uma história irreal sobre o Brasil político histórico – mas o desafio extra que o Brasil tem, é a de reeducar a própria sociedade digital para poder entrar em um debate mais humanizado sobre o próximo. Qualquer e todo lado político vão mentir, e agora terão armas e poder de fogo digital para fazer com que essas mentiras tenham uma aparência mais real ainda.

Os acontecimentos atuais são momentos chaves de testes de bots mostrando o que vem pela frente. Segundo a FGV DAPP – Diretoria de Análise de Políticas Públicas, a morte da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, na noite da última quarta-feira (14), no Estácio, bairro da Zona Central da capital fluminense, teve expressivo impacto nas redes sociais, mobilizando 567,1 mil menções no Twitter em 19 horas (entre as 22h do dia 14/03 e as 17h do dia 15/03). Foram identificados dois picos de menções no período: um por volta de 23h50 de quarta-feira (14), com média de quase 594 tuítes por minuto, e outro a partir das 10h50 de quinta (15), alcançando média de 552 tuítes por minuto.

E a mesma pesquisa alerta, publicado no O Globo: 1.833 robôs tuitaram caso de Marielle. Das menções na rede social, 5% foram feitas automaticamente, leia aqui.


Fonte: DAPP FGV

O que todos devem fazer para lutar contra as notícias falsas é simples: Parar de compartilhar o que não é real, além de mudar nossa atitude nas redes sociais. Já estamos em 2018 e já entregamos nossos dados e informações para as empresas gigantes, agora é sua escolha: Seguir o que foi feito exatamente para caber no seu psicológico ou entender que aquilo é manipulação e você precisa tomar mais cuidado com o que publica, curte ou compartilha nas redes para manter sua opinião limpa com base em fatos e dados. Precisamos aprender a parar de arrumar desculpas para compartilhar o que não é real. Seja essa desculpa humor, para “exemplo” ou para “isso poderia ser real”, ninguém ajuda o mundo a ser melhor compartilhando dor, confusão e caos. Na dúvida: Pesquise. Ou leia, pense o que quiser e deixe passar. Lembre-se: Logo mais você poderá entrar em um debate com um bot que não diz nada com nada, mas vai saber como criar o loop de debate que ele precisa para te alimentar o sentimento ruim.

Aqui vale o mesmo para todos que trabalham com empresas que são engajados no momento político, antes de mais nada, confirmar o que estão falando, ter fontes e garantir que não esteja passando do limite e colocando alguém, ou um grupo, em perigo por causa da visão política.

A quem interessa uma população confusa e que vive brigando entre si – ou com bots – nas redes sociais? Para quem incomodou nas eleições norte-americanas, podem ser interessados aqueles que querem ser os próximos líderes globais. Mas, para demais vários casos não sabemos ainda. Uma coisa é fato, é ato lucrativo para alguns e divertido para outros, seja qual for o objetivo final.

Julio Moraes é consultor, empresário, palestrante, professor e atua na área de estratégia e planejamento em Marketing & Digital há mais de 14 anos e conta com trabalhos em mais de 20 empresas nacionais e internacionais. Atualmente tem trabalhos com projetos ganhadores do EMMY® – The Television Academy.