Licença para matar?

10/01/2017

Entre os dias 29 de dezembro a 2 de janeiro, ou seja, em apenas quatro dias foram contabilizados em todo o Brasil 376 mortes no trânsito, 2.410 acidentes com sequelas permanentes e 543 reembolsos de despesas médicas. Os dados são  da Seguradora Líder-DPVAT que mantém o blog Viver Seguro no Trânsito. De acordo com o pessoal do movimento Não Foi Acidente, a prisão nos crimes de trânsito ainda é algo raro. Até dezembro,  apenas 20 pessoas estavam presas no Brasil por crime de trânsito após passar pela condenação por júri popular. Dessas, 18 estão em regime fechado e 2 em semiaberto.

Em média 350 mil pessoas ao ano sofrem acidentes e ficam com sequelas. O número de mortos, segundo a Líder que paga o seguro DPVAT é cerca de 60 mil.   A punição, entretanto, parece ter chegado para quem denuncia os algozes. A página do movimento Não foi Acidente no Facebook, com mais de 1 milhão de fãs está suspensa durante 30 dias pelos administradores da rede social por denunciar motoristas que causaram acidentes e cobrar punição.

Punições no Canadá

O pessoal do O’Neill Moon Quedado LLP, de Toronto (Canadá) enviou para o blog,  o infográfico abaixo com a comparação entre a legislação norte-americana e canadense sobre a direção sobre influência de álcool e maconha. Nos dois países, é tolerável o limite de 0,08 ml de álcool no sangue (o equivalente a um copo de cerveja) e é proibido dirigir se tiver usado maconha ou qualquer outra droga.

No Canadá, as punições variam de multas (cerca de mil dólares), proibição de dirigir e até prisão – as penas podem chegar até à prisão perpétua, em caso de morte. Nos EUA, as penalidades de acordo com o estado. No Colorado, onde a maconha foi liberada, dirigir após usar a droga pode levar à a suspensão da carteira por 9 meses, prisão, prestação de serviço à comunidade e multa, dependendo do motorista ser reincidente ou ter provocado acidente.

drunk driving vs high driving