18/04/2016

Game of Thrones

Os White Walkers ficam vulneráveis.

O inverno não virá

18/04/2016

Os Caminhantes Brancos (White Walkers) voltam com seu exército de mortos, em meio à névoa e ao frio do inverno, para espalhar o caos em Westeros. A ameaça está a caminho e a Muralha de Gelo é o último obstáculo para esta batalha épica. Mas será que o inverno virá? Se for no mundo atual, os Caminhantes Brancos, espécie de zumbi de gelo da série Game of Thrones, não devem assustar.

Criada pela agência 84.Paris, a paródia usa uma das frases mais emblemáticas da série  – O inverno está chegando (the winter is coming) – no sentido inverso.  A nova campanha do  Greenpeace da França,  Winter is not coming mostra que, longe de Westeros, no mundo real, o aquecimento global pode mudar tudo, causando um impacto em todos os seres vivos do planeta. No site da estratégia, um formulário convoca os leitores para fazerem parte da batalha contra as mudanças climáticas.

A campanha de oportunidade feita para as redes sociais aproveita a expectativa em torno da estreia da sexta temporada da série, inspirada nos livros Crônicas de Gelo e Fogo, de George R. R. Martin.

Problema grave

De acordo com um estudo divulgado pela revista The Lancet em março, o aquecimento global pode provocar 500 mil mortes adicionais no mundo até 2050 devido às alterações na alimentação e no peso das populações, impulsionadas pela queda da produção agrícola. O trabalho é o primeiro a avaliar o impacto das alterações climáticas na dieta e no peso das populações e a estimar o número de mortos até 2050 em 155 países. “Até agora, os vários estudos centraram-se na segurança alimentar, mas poucos estudaram os efeitos na saúde e produção agrícola”, disse Marco Springmann, da Universidade de Oxford (Reino Unido), que coordenou o estudo.

Os cientistas alertam que, se  não forem tomadas medidas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, as alterações climáticas podem reduzir em “cerca de um terço” a quantidade de comida disponível em 2050, alertam os pesquisadores. Os países mais afetados, segundo o estudo, são os de baixo rendimento, incluindo a Região Oeste do Pacífico e o Sudeste Asiático.